Após o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama (foto), defender o casamento gay, 4 em 10 eleitores disseram que podem mudar o voto nas eleições presidenciais de novembro.

Para 40% dos eleitores americanos o apoio ao casamento homossexual do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pode afetar sua intenção de voto nas eleições presidenciais de novembro, segundo uma pesquisa do instituto Gallup divulgada na sexta-feira da semana passada.

Para 13% a declaração de Obama, feita nesta quarta-feira, aumenta as chances do eleitor escolher o democrata, enquanto para 26% a opinião de Obama diminui a possibilidade do se votar no atual presidente.

Pesquisas afirmam que o casamento homossexual divide o país: 51% aprova e 45% é contra. O anúncio de Obama agradou especialmente os democratas. De acordo com a pesquisa, 24% dos eleitores que se define como democrata está mais convencido agora a votar no atual presidente nas eleições de novembro, enquanto para 65% a postura de Obama não modificou sua opinião.

[b]Independentes[/b]

Entre os independentes, a possibilidade de votar em Obama se mantém em 63%, mas sua declaração não agradou 23% dos entrevistados que não se alinham com nenhum dos dois grandes partidos.

Apenas 2% dos republicanos declaram que as chances de votar em Obama aumentaram após sua declaração, enquanto 52% afirmou que seu anúncio o distancia ainda mais do candidato conservador.

A enquete, realizada nesta quinta-feira, entrevistou 1.013 eleitores de todos os estados do país e tem uma margem de erro de quatro pontos percentuais.

[b]Newsweek chama Obama de ‘1º presidente gay’ dos EUA[/b]

Uma semana após a revista Time estampar a capa com a foto de uma mulher amamentando uma criança, a revista Newsweek causou controvérsia nos Estados Unidos por lançar uma manchete que classifica Barack Obama como ‘o primeiro presidente homossexual’ do país. O artigo que corresponde à capa foi escrito por Andrew Sullivan, um blogueiro político homossexual.

[img align=left width=300]https://admin.veja.abril.com.br/assets/images/2012/5/78508/Newsweek-Obama-Gay-President-original.jpg?1336999686[/img]A capa da edição da Newsweek desta semana mostra uma foto do presidente com uma auréola com as cores do arco-íris – símbolo das bandeiras dos grupos militantes de homossexuais, bissexuais e transexuais. A revista ainda não divulgou toda a matéria na internet, mas Sullivan antecipou em seu blog que ‘Obama teve de descobrir sua identidade como negro e depois se reconciliar com sua família branca, da mesma maneira que os homossexuais descobrem sua identidade e depois têm de se reconciliar com sua família heterossexual’.

Sullivan argumenta no artigo que a decisão de Obama de se anunciar favorável ao casamento entre homossexuais não foi uma manobra política visando às eleições presidenciais de novembro, ao contrário do que muitos analistas dizem. “Quando alguém faz uma pausa e avalia o histórico de Obama sobre os direitos dos homossexuais, percebe que, de fato, isto não foi uma aberração”, diz o blogueiro. “Foi a culminação inevitável de três anos de trabalho”.

Na semana passada, a Time, que concorre com a Newsweek pelo mesmo mercado de leitores de revistas semanais, escandalizou muitos americanos com sua foto de capa na qual uma mulher amamenta uma criança de três anos de idade. A imagem provocou protestos em um país onde amamentar em público ocorre raras vezes e é, inclusive, ilegal em muitas regiões.

[b]Fonte: Revista Veja on-line[/b]

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