Tramita na Câmara Municipal de Várzea Grande (MT) um projeto de lei que proíbe o uso das pulseiras de plástico coloridas, também conhecidas como “pulseiras do sexo”, nas escolas da rede municipal.

De autoria do vereador Antonio José de Oliveira, o Toninho do Glória, do PV, o projeto prevê autonomia e poder a diretores de escolas para proibir o uso de tais adereços.

O projeto prevê também que tal proibição seja precedida de um trabalho de conscientização das crianças, adolescentes, pais e professores. O vereador, que preside a ONG MT Contra a Pedofilia, acredita que por trás do uso das pulseiras existe a “exacerbação da sexualidade entre adolescentes”.

O Conselho Tutelar de Várzea Grande registrou no primeiro trimestre do ano aproximadamente mil novos casos de denúncia de violência contra criança e adolescente. “Isso não pode e nem deve continuar, mas só poderemos barrar isso através de uma mobilização, começando pelas escolas de braços dados com as famílias.”

Venda

O vereador quer ir além da simples proibição do uso. Ele quer impedir também a venda no comércio formal e informal da cidade. “Não adianta proibir só o uso. Devemos proibir também a venda com sanções penais aos que desobedecerem”, disse. Assessores preparam um aditivo ao projeto.

Os adereços coloridos viraram moda entre os adolescentes brasileiros no fim do ano passado. Eles fazem parte de um jogo que começou a ser difundido nos Estados Unidos. Cada cor de pulseira representa um significado e, quando ela é arrebentada por alguém, o dono do acessório é obrigado a realizar a tarefa correspondente à cor da pulseira.

A modalidade virtual do jogo passou ser usada por pedófilos para aliciar menores, segundo alerta da ONG Safernet. Em seu formato online, o jogo é disseminado dentro de sites de relacionamento, em comunidades que tratam exclusivamente do assunto.

Pedofilia

O vereador disse que o projeto é apenas mais um de sua autoria no combate à pedofilia em seu município. Na Câmara tramita projeto que obriga estabelecimentos comerciais e escolas de Várzea Grande a fixarem cartazes com o seguinte dizer: “Exploração sexual deixa marcas para toda vida. Denuncie Já.” “O nosso objetivo é ampliar as ações de combate a este tipo de crime, aumentando a rede de proteção”, afirmou.

Fonte: Agência Estado

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