Uma empresa dos Emirados Árabes, no Oriente Médio, desenvolveu um microchip de implante que permite o pagamento de produtos e serviços.

Apresentado no evento de tecnologia ‘Gitex 2016’, em Dubai, o microchip do grupo de telecomunicações Etisalat, uma das maiores operadoras de rede móvel do mundo, armazena os dados de identidade e do cartão de crédito.

[img align=left width=300]https://thumbor.guiame.com.br/unsafe/840×500/smart/media.guiame.com.br/archives/2016/12/15/424833554-chip.jpg[/img]O equipamento foi desenvolvido com a técnica de biohacking, na qual um dispositivo é encaixado na parte de trás da mão, entre o dedo polegar e o indicador, por meio de uma seringa especial.

“Nós limpamos a pele com desinfetante e, depois disso, colocamos as marcas exatamente onde queremos perfurar”, disse o médico Hazim Naori ao site emiradense 7 Days. “Nós inserimos a agulha na pele e instalamos o microchip. São necessárias uma ou duas semanas para cicatrizar”.

O advento de aparatos tecnológicos que facilitam as compras reacendem a discussão sobre a “marca da besta”, descrita no livro bíblico de Apocalipse.

O livro aponta que a ?marca seria obrigatória entre os conscientes e inconscientes seguidores da besta, com o aval da figura de autoridade do anticristo. A identificação seria usada como uma espécie de documento oficial, ?para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca?? (Apocalipse 13:17).

Naori realizou o implante pela primeira vez no dia 7 de outubro em George Held, vice-presidente da Etisalat. Depois de passar pelo procedimento de implantação, Held disse que ter o microchip é como um piercing.

“Não faz mal, mas senti um pouco de desconforto no primeiro dia. Com o biohacking, o seu corpo e não terá apenas um dispositivo ‘wearable’ (vestível), mas um dispositivo dentro de si. Você não pode substituí-lo ou perdê-lo; mesmo se você sofrer um acidente, ainda estará com você”, disse ele.

Held informou que antes de ser lançado comercialmente, a empresa precisa definir qual papel o equipamento terá na sociedade. “Não há nenhum problema de legalidade aqui. Nós já temos acordos com Emirates ID e a Visa. Nós vamos emitir um cartão de crédito em parceria com essas empresas através da Etisalat”, disse ele.

O procedimento poderá custar 500 dirhams (equivalente a 450 reais), incluindo o implante e o próprio microchip.

[b]Marca da besta?
[/b]
Segundo o teólogo e mestre em filosofia Jonas Madureira, não há qualquer indício na Bíblia de que os chips, em qualquer forma, sejam a tal ?marca da besta? ?— pelo menos até agora. “Acontece que o Apocalipse é um livro confuso até mesmo para os maiores estudiosos dos textos sagrados, cheio de enigmas e metáforas”, afirma.

Madureira explica que muito dessa confusão se dá pelas diferentes correntes de estudiosos. “?Enquanto um grupo, mais moderno, defende que muito na Bíblia está em forma de metáfora, de simbolismo, outra corrente mais tradicional afirma que tudo deve ser interpretado ao pé da letra?”, observa o teólogo.

Por outro lado, algumas correntes interpretam a profecia bíblica com base no simbolismo. Muitos acreditam os chips são o chamado selo do anticristo. Outros defendem que a marca citada em Apocalipse não seria física, mas espiritual.

[b]Fonte: Guia-me[/b]

Comentários