A visita do Papa Bento XVI ao Brasil vai durar só três dias, mas muitas empresas estão multiplicando os lucros com a expectativa da chegada do pontífice. Assuntos ligados à Igreja Católica e também ao Frei Galvão se tornaram bons negócios nessas semanas que antecedem a chegada de Bento XVI.

Uma fábrica de imagens de Frei Galvão espera multiplicar por dez a produção de imagens, enquanto uma editora de livros investiu R$ 200 mil na edição de quatro obras: três sobre Frei Galvão e uma com textos do Papa Bento XVI. A empresa espera recuperar a maior parte do investimento nas próximas semanas.

A Prefeitura de São Paulo também vai lucrar alto com a vinda do papa. Os dias da visita devem trazer R$ 60 milhões à cidade, que deve receber 1,5 milhão de turistas, entre eles muitos estrangeiros. A cidade calcula que a vinda de Bento XVI deve gerar 1.000 empregos temporários no município.

Mercado religioso

Apesar da informalidade de parte do comércio e do receio do clero de associar o catolicismo a uma forma de religiosidade “mercantilista”, os especialistas afirmam que há uma crescente profissionalização do segmento.

Segundo o o consultor de marketing católico, Antonio Miguel Kater Filho, a presença dos católicos nos meios de comunicação e a profissionalização da atividade industrial se desenvolveram profissionalmente na última década.

“A qualidade dos produtos religiosos até 10 anos atrás ficava muito aquém da expectativa dos fiéis”, disse. “A necessidade fez que a Igreja adotasse o marketing em todos os sentidos, não só na comercialização, mas na visibilidade da religião na sociedade e na utilização correta dos meios de comunicação”, comenta.

Fonte: G1

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