A violência continua sendo o maior fator de risco para os jovens brasileiros. De cada 100 mil jovens, 49,6 são assassinados a cada ano. Outros 22 morrem por acidentes de trânsito.
A violência leva Estados como o do Rio, com renda alta e boa escolaridade, a se tornar um dos piores lugares do País para um jovem viver.
Entre 83 países que apresentam dados comparáveis, o Brasil só perde em violência para Colômbia e Venezuela. Mesmo assim, o número de assassinatos no País vem caindo. Chegaram a ser 55 por 100 mil em 2003.
Essa queda, no entanto, está sendo compensada para o lado ruim pelo crescimento nos acidentes de trânsito. “Há dez anos, logo depois do lançamento do Código Brasileiro de Trânsito, houve queda, mas voltou a subir”, explicou o pesquisador Julio Jacobo Waiselfisz. “Tivemos pela primeira vez queda na violência por anos consecutivos, mas estamos perdendo esses avanços pelas mortes em acidentes.”
De acordo com Waiselfisz, a morte violenta é uma característica específica da juventude, especialmente no Brasil. Entre os jovens, 72% morrem por causas externas e apenas 27% pelas chamadas causas naturais (doenças). Na população em geral, as mortes violentas são menos de 10%.
As mortes por doenças se concentram nas regiões mais pobres. Acre, Pará e Piauí têm os piores índices nesse quesito. Dados do Ministério da Saúde usados pelo Índice de Desenvolvimento Juvenil (IDJ) mostram que 92% das doenças que matam os jovens são evitáveis por prevenção.
Fonte: Estadão