Dezenas de manifestantes se reuniram na noite desta quinta-feira (4) em frente à Igreja Batista do Avivamento Profético, no bairro da Ribeira, em Salvador (BA), para protestar contra o pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP).

O parlamentar que preside a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, desembarcou na capital baiana para participar do 20º Congresso do Poder e Impacto do Espírito Santo. Feliciano chegou atrasado mais de uma hora e não quis falar com a imprensa, entrando por uma porta lateral da igreja.

Iniciado por volta das 19h, o evento ocorreu à portas fechadas. Do lado de fora, militantes do movimento LGBT, articulados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) e a Associação de Travestis de Salvador (Atras) exibiram cartazes e entoaram palavras de ordem contra a permanência do deputado como líder da comissão.

Grupos de evangélicos também se concentraram no local, com faixas e cânticos religiosos, para apoiar o deputado. A Polícia Militar acompanhou as manifestações, fazendo um cordão de isolamento para impedir a entrada de pessoas não autorizadas na igreja.

Durante a palestra, inciada por volta das 21h, Feliciano disse já ter sido discriminado por conta do cabelo e pelo fato de ter sido pobre. No final, recebeu uma homenagem da Federação Brasileira de Defesa dos Direitos Humanos (FBDH), ligada a grupos religiosos.

“Pense em um homem que não sabe bater, mas aguenta apanhar. Nunca fui bom em bater em ninguém, mas sempre aguentei o peso, já sofri muito preconceito”, afirmou para os repórteres que o questionaram sobre a saída da comissão. O pastor deixou o local pelos fundos, protegido por seguranças.

[b]Fonte: NE10[/b]

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