Uma prova do Colégio de Aplicação da UFRJ com a imagem de Jesus crucificado com a frase “bandido bom é bandido morto” gerou o registro de uma queixa por “intolerância religiosa” na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) do Rio de Janeiro.
A denúncia foi feita pelo ator Mário Gomes, que afirmou que o filho adolescente sofreu intolerância religiosa no colégio por ser católico.
O enunciado da prova dizia que se tratava de um “meme”. “Este é um meme criado a partir da obra “Cristo Crucificado”, do pintor espanhol Diego Velásquez. Considerando o meme, identifique pelo menos um dos três tipos puros de dominação conceitualizados por Weber. Justifique-se, sempre em termos weberianos”, dizia o texto.
Na segunda-feira (30), o ator publicou um vídeo no Instagram mostrando a prova que seu filho fez na escola. Na delegacia, Gomes explicou que seu filho é católico e que a imagem ofende a fé cristã. “Isso aqui é um sacrilégio. ‘Bandido bom é bandido morto’, como se Jesus Cristo fosse algum bandido. Alguém que pregou a paz, que pregou a compreensão, o entendimento entre a pessoas”, disse.
Ele continuou: “A gente está aqui na frente do inspetor, muito atencioso e solidário, e compreendeu completamente a nossa posição, que é uma agressividade contra uma criança e meu filho é católico e temente a Deus”.
Na legenda, o ator disse que tem se “segurado para não interferir na política de ensino” do Colégio de Aplicação da UFRJ, também conhecido como CAp UFRJ, que é uma escola pública federal mantida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde seu filho estuda.
“Agora não foi uma gota, mas um balde d’água. Não conseguimos suportar esse enorme desrespeito. Sabemos onde querem chegar. Basta!”, declarou.
Segundo a Polícia Civil, todos os envolvidos serão ouvidos e a investigação está em andamento.
Folha Gospel com informações de G1 e Guia-me