Batismos sem pia batismal, sem água benta e sem Palavra de Deus já acontecem em terras espanholas de Málaga, Madrid e Barcelona.

São batismos civis em que se proclama a Declaração dos Direitos das Crianças, a Carta Européia dos Direitos da Criança e os direitos da criança contemplados na Constituição espanhola. Os padrinhos comprometem-se por escrito que os batizandos receberão educação democrática e laica.

A idéia não é original de Espanha, mas importada da tradição republicana francesa, que já data de 1790. Junte-se a isso o pedido que alguns espanhóis têm feito à Igreja Católica para “safar” os seus nomes do registro de batismos, numa espécie de apostasia pública.

Outra novidade vem de Tarragona. O Município promove celebrações civis de aniversários de bodas matrimoniais. Em 1995, Espanha introduziu a prática de os presidentes das câmaras presidirem a casamentos civis. Se em 2004, 24% dos casamentos foram civis, já em 2007 metade foram e outra metade religiosos.

A Espanha, ainda recentemente tão ciosa do seu nacional catolicismo, despertou tarde, mas está mais atrevida do que a França, “nação fidelíssima”, como lhe chamavam os papas, que foi pioneira no secularismo. As vagas de cristofobia estão a ajudar Europa, aqui ao lado, a perder a identidade e a desdenhar da matriz cristã. Não perde só a religião, mas a cultura.

Fonte: Jornal de Noticias – Portugal

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