A diretora da Casa Matriz de Diaconisas de São Leopoldo, irmã Gisela Beulke, foi impedida de viajar aos Estados Unidos porque teve seu visto negado pela Embaixada norte-americana.

Gisela participaria da 20ª Assembléia Mundial da Federação Mundial de Diaconia, reunida de 20 a 27 de julho em Atlanta, Geórgia. “Sinto-me profundamente humilhada”, declarou a irmã brasileira.

Trata-se de uma decisão “absolutamente arbitrária”, reagiu o pastor presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e moderador do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), Walter Altmann, diante da negativa da Embaixada.

“A única explicação plausível parece ser que, como pertence a uma ordem religiosa, irmã Gisela não pôde comprovar possuir vínculos familiares, rendimentos, propriedade e bens pessoais”, arrolou Altmann em nota pública.

Segundo o moderador do CMI, a negativa da concessão do visto revela uma lamentável falta de sensibilidade. “É preciso lembrar que existem questões mais elevadas do que dinheiro e bens”, argumentou Altmann.

Ele frisou que uma investigação com um mínimo de critério e responsabilidade mostraria que os Estados Unidos, em concedendo o visto à irmã Gisela, não estariam incorrendo no risco de receber uma imigrante ilegal ou alguém propenso a cometer ato de ilegalidade.

A presidente da Federação Mundial de Diaconia, Louise Williams, disse que se sente envergonhada, como cidadã americana, do modo como o país tratou a religiosa brasileira.

A Casa Matriz tem 70 anos de existência e está vinculada à IECLB, prestando serviços em hospitais, creches, ancionatos, entidades comunitárias e de assistência social.

Fonte: ALC

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