Uma pesquisa da empresa de consultoria Factum divulgada hoje pela rádio “El Espectador” aponta que 61% dos uruguaios são favoráveis à legalização do aborto, enquanto 27% são contrários e 12% não quiseram opinar sobre o assunto.

A pesquisa ocorreu em função de um projeto de lei da Câmara de Senadores que pode permitir às mulheres recorrer ao aborto dentro das primeiras doze semanas de gestação e, além disso, em casos de estupro, de risco de vida da mãe e de má-formação do feto.

A legalização do aborto divide os partidos políticos uruguaios, até mesmo de forma interna.

O projeto de lei foi impulsionado, entre outros setores, por legisladores do Partido Socialista, integrante da governante coalizão de esquerda Frente Ampla.

No entanto, o presidente do Uruguai, o socialista Tabaré Vázquez, médico de profissão, é contrário ao aborto e anunciou que vetará a lei caso ela seja aprovada pelo Parlamento.

A polêmica se instalou na sociedade uruguaia depois de um juiz processar na semana passada uma jovem mulher que foi atendida em um hospital de Montevidéu após submeter-se a um aborto clandestino.

Os defensores da legalização afirmam que a aprovação da lei evitará casos de aborto clandestinos e realizados em locais não apropriados e sem as condições de higiene e segurança médica necessárias.

Fonte: Terra

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