A suposta postura liberal da Igreja Unitária Universal do Vale do Tennessee pode ter sido o motivo que levou Jim D. Adkisson, 58 anos, a atirar neste final de semana contra os fiéis, segundo a Polícia.
O chefe da Polícia de Knoxville, Sterling Owen, informou nesta segunda em coletiva de imprensa que as primeiras provas indicam que Adkisson, acusado de atirar e matar duas pessoas e ferir outras sete, cometeu o atentado devido à postura socioliberal da congregação religiosa.
Segundo Owen, a Polícia encontrou uma carta de quatro folhas no carro de Adkisson, na qual o criminoso relatava sua frustração por estar desempregado e seu “ódio pelo movimento liberal” da igreja.
A igreja é conhecida por seu trabalho social, seus programas de alimentos para necessitados e pela defesa dos direitos das mulheres e dos homossexuais, assim como de asilados políticos.
Adkisson foi acusado de assassinato em primeiro grau e está detido sob fiança de US$ 1 milhão.
Por se tratar de um crime motivado pelo ódio contra um grupo em particular, agentes do FBI (polícia federal americana) participam da investigação.
Segundo Owen, o detido teria agido sozinho e não pertence a nenhum grupo organizado, mas destacou que a investigação continua aberta.
Adkisson entrou ontem na Igreja Unitária Universal do Vale do Tennessee e começou a atirar no momento em que um grupo de crianças e adolescentes fazia a apresentação do musical “Annie, Jr.” para cerca de 200 fiéis congregados.
Nenhum jovem ficou ferido, mas sete adultos ficaram feridos e dois morreram.
Greg McKendry, 60 anos, morreu ao entrar na frente de Adkisson para tentar impedir que o agressor continuasse a atirar contra a congregação.
A segunda vítima fatal foi Linda Kraeger, 61 anos, que morreu horas depois no Centro Médico da Universidade do Tennessee.
Cinco pessoas ainda estão internadas em estado grave em um hospital de Knoxville, e outros dois feridos já receberam alta.
Fonte: EFE