Primeira pesquisa do DataFolha realizada após encerramento do primeiro turno mostra empate técnico entre os candidatos Fernando Gabeira, do Partido Verde, e Eduardo Paes, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Eles concorrem à prefeitura do Rio de Janeiro.
Gabeira tem 43% das intenções de voto e Eduardo Paes 41%. Os dois candidatos herdaram votos de concorrentes ao cargo no primeiro turno, dentre eles o candidato Marcelo Crivella, do Partido Republicano Brasileiro (PRB) e bispo da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), que ficou em terceiro lugar.
De acordo com o DataFolha, 54% dos eleitores de Crivella optam por Eduardo Paes e 46% preferem Gabeira. Boa parte do eleitorado de Crivella vem de redutos evangélicos e pentecostais. A migração dos votos do candidato do PRB aos dois candidatos aponta que evangélicos vão divididos para o segundo turno.
“Como não houve adesão em massa a Eduardo Paes, os eleitores evangélicos não demonstraram preconceito e rejeição a Fernando Gabeira. Esta tendência mostra que eles definem o voto, cada vez mais, de forma independente e pensada”, explicou o diretor do DataFolha, Mauro Paulino, ao repórter Chico Otavio, do jornal O Globo.
O pesquisador Cesar Romero disse ao jornal que ao deixar Crivella fora do segundo turno o carioca disse não à mistura de fé e política.
Crivella anuncia, em carta, apoio a Eduardo Paes
O senador Marcelo Crivella (PRB), que saiu derrotado no primeiro turno da eleição carioca, manifestou em carta no início da noite desta terça-feira (14) seu apoio ao candidato Eduardo Paes (PMDB) no segundo turno da corrida eleitoral.
No texto, Crivella diz que levou alguns dias para retomar sua agenda política “após inesperado revés eleitoral” e que, antes de tomar uma decisão, esperou a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O senador afirmou ainda que seu apoio não é motivado por futuros cargos ou vantagens, caso Paes vença as eleições.
“Fique claro, portanto, que a razão desse apoio não são cargos ou vantagens, mas a esperança que todos temos e sentimos que alcança do presidente da República ao mais modesto filiado do menor partido da nossa coligação, de que na sua administração serão mantidas e ampliadas as políticas sociais do nosso governo”, escreveu Crivella.
Na carta, o senador atribui a reviravolta na disputa eleitoral do Rio a “ações ilegítimas” de setores da imprensa e de institutos de pesquisas.
Crivella, que até a véspera das eleições aparecia em segundo lugar nas pesquisas, acabou atropelado por Fernando Gabeira (PV), que conquistou uma das vagas no segundo turno.
O senador escreveu ainda que preferiu responder por carta ao pedido de apoio de Paes, que teria sido feito ao final da apuração, para melhor expor suas idéias e a de seu partido.
“Ouvi meus correligionários locais e os dirigentes partidários que nos honraram com seu apoio nessa jornada. Estamos todos confiantes de que o seu governo será um governo para todos, mas sobretudo para os mais pobres”, escreveu Crivella.
Fonte: ALC e G1