Na tarde de 2 de janeiro, sete evangelistas pregavam na cidade de Indirapuram, Estado de Uttar Pradesh, quando um grupo furioso de pessoas da região se reuniu e agrediu quatro deles.

Elas também atiraram pedras contra o veículo deles, derrubando-o. Os outros três evangelistas fugiram. As porções bíblicas encontradas com os evangelistas foram queimadas.

Quando a polícia de Indirapuram chegou ao local, eles controlaram a situação e prenderam os quatro missionários, acusando-os de tentar realizar conversões forçadas.

Em 3 de janeiro, um relato no maior jornal impresso em hindi, o Dainik Jagran, afirmou: “Segundo a polícia, às 13 horas, algumas pessoas da Assembléia Irmandade, no departamento de Noida, pregavam com alto-falantes e pediam para as pessoas da região aceitarem o cristianismo. Os moradores do local disseram à polícia que os pregadores ofereciam grandes atrativos para quem aceitasse o cristianismo. Segundo eles, os pregadores disseram que os que se convertessem receberiam cem mil rúpias (2.200 dólares), e que eles [os pregadores] iriam casá-los e lhes dar casas para morar”.

O jornal ainda disse que as pessoas “se opuseram aos pregadores e pediram-lhes para pararem de pregar, mas os pregadores continuaram a falar nos alto-falantes”. Por causa disso, “o povo ficou agitado e capturou os pregadores”.

A polícia deteve os quatro evangelistas, chamados Samuel João, Abraão Jorge, VP Paulus, e Jorge Tiago.

Contatos da Portas Abertas foram examinar o incidente e disseram que as acusações levantadas contra os evangelistas são falsas e sem fundamento. Os missionários não ofereciam nenhum atrativo aos moradores. Eles estavam apenas compartilhando a mensagem do evangelho e distribuindo porções bíblicas às pessoas que queriam ler. Nunca houve qualquer menção a suborno monetário, nem foi pedido às pessoas para mudarem sua religião.

Compartilhar a fé é um direito de todos os cidadãos do país, e os evangelistas não violaram nenhuma lei ao pregarem o evangelho. Eles usaram de fato um microfone sem fio, mas o alcance do som era limitado, e não era um alto-falante, como mencionado no artigo do jornal Dainik Jagran.

Os evangelistas foram agredidos severamente e precisaram de cuidados médicos. Além disso, o carro em que estavam ficou bastante danificado, e eles permaneceram trancados na delegacia de Vasundhara por quatro horas. Os fundamentalistas garantiram a atenção da mídia, telefonando para repórteres do jornal Dainik Jagran e da TV Sahara. O incidente foi veiculado na televisão e também foi publicado de maneira difamatória na primeira página do jornal hindi.

Os fundamentalistas conseguiram fazer um boletim de ocorrência contra os evangelistas, dizendo que eles tentavam realizar conversões forçadas. A polícia, entretanto, se recusou a registrar um queixa contra os agressores dos evangelistas. Ela aceitou apenas uma queixa por escrito, e nenhuma cópia ou recibo dela foi dado aos evangelistas, presos e oprimidos.

Fonte: Porta Abertas

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