O pastor evangélico Rafael Alves Ferreira diz ter sido agredido por ter mantido experiências homossexuais antes de entrar para a igreja.
Um episódio polêmico envolvendo fé, religião e homofobia aguarda decisão do Judiciário após o processo tramitar por cinco anos.
Trata-se de um pedido de indenização por dano moral de R$ 1 milhão movido pelo pastor evangélico Rafael Alves Ferreira contra a Igreja Mundial do Poder de Deus.
A ação de indenização por dano moral se arrasta desde março de 2010. Em 27 de novembro de 2014, foi rejeitada a conciliação de ambas as partes em audiência conduzida pela juíza Ana Paula da Veiga Carlota Miranda, o que levou ao prosseguimento da ação.
Agora, aguarda sentença a ser proferida pelo juiz substituto da 8ª Vara Cível, Yale Sabo Mendes. O magistrado está com o processo em seu gabinete desde o dia 25 de junho.
Conforme narrado à Justiça, Rafael Alves Ferreira afirma que ingressou em março de 2009 nos quadros de ministros da Igreja Mundial do Poder de Deus como pastor auxiliar.
Em dezembro do mesmo ano, alega que estava dormindo nas dependências da Igreja Mundial quando teria sido acordado a socos e pontapés pelo pastor identificado apenas por Jademir.
A agressão, conforme Rafael, seria resultado de uma discriminação e intolerância do colega, que não aceitava o fato dele ter mantido experiências homossexuais antes de entrar para a Igreja Mundial do Poder de Deus e hoje ser considerado um “ex-gay”, após se converter à religião.
Antes de tornar-se pastor da Igreja Mundial, Rafael fazia shows em uma boate gay de Cuiabá, o que veio a ser tomado de conhecimento pelos demais pastores, supostamente motivando assim agressões físicas e verbais.
Na época, Rafael registrou boletim de ocorrência e submeteu-se a exames de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal) para comprovar a existência de hematomas após as agressões.
Após o episódio, Rafael alega que sofreu constrangimento. Isso porque foi expulso da Igreja Mundial do Poder de Deus sem apresentar a sua versão dos fatos a respeito da agressão sofrida, o que lhe gerou muita indignação.
[b]Fonte: Diário de Cuiabá[/b]