O extremismo islâmico está se tornando cada vez mais intenso na África. O Human Rights Watch (HRW) informou recentemente que membros de grupos extremistas impuseram a lei da Sharia em várias aldeias do Mali, um país da África Ocidental com uma população predominantemente muçulmana.

[img align=left width=300]http://arquivos.editoracpad.com.br/uploads/2017/01/24/540x350_-islamicos-militantes-no-mali.jpg[/img]O grupo que luta pelos direitos humanos disse que os radicais proibiram batismos e casamentos cristãos, ameaçando com terríveis castigos aqueles que violarem seus decretos. Esses extremistas também executaram funcionários públicos.

O grupo disse que os abusos dos direitos humanos estão sendo realizados por vários grupos militantes como Al-Qaeda, Ansar Dine, a Frente de Libertação de Macina e a Jihad na África Ocidental.

Ele disse que o governo do Mali tem se tornado impotente para impedir que esses grupos militantes islâmicos “imponham restrições à vida da aldeia” e executem pessoas.

[b]Forte embate
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“O clima dos direitos humanos tornou-se cada vez mais precário durante o ano passado, resultado de assassinatos e intimidação por parte de grupos armados islâmicos, de confrontos sangrentos e de surtos de crimes violentos”, disse Corinne Dufka, diretora da HRW na África. “O fracasso do governo em afirmar o controle e reduzir os abusos das forças de segurança aumentou a situação”, ressaltou.

O grupo internacional de direitos humanos disse que os abusos no Mali “aumentaram de forma constante” a partir de meados de 2014, depois que uma intervenção militar liderada pelos franceses ajudou a rechaçar os extremistas islâmicos que ocuparam o norte do Mali em 2013.

Segundo o relatório, os abusos se agravaram nos últimos dois anos e se espalharam para a região central da nação africana. O HRW falou sobre as atrocidades cometidas pelos militantes islâmicos para com as pessoas que testemunharam.

“Os moradores descreveram como os grupos islâmicos de até 50 combatentes armados, incluindo adolescentes, ocuparam aldeias por horas e ameaçaram com morte a qualquer pessoa que colaborasse com forças francesas, o governo ou soldados da ONU”, diz o relatório do grupo. “Em várias aldeias, os grupos impuseram sua versão da Sharia (lei islâmica), ameaçando os moradores a não celebrarem casamentos e batismos”.

Um morador disse a HRW que “nossos costumes tradicionais não são mais permitidos por causa da presença de combatentes jihadistas em nossas próprias aldeias”, acrescentando que “nosso modo de celebrar é proibido”. Os aldeões também revelaram que os militantes pressionaram as famílias a entregar seus filhos para se juntarem aos seus grupos.

[b]Fonte: Guia-me via CPAD News[/b]

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