Na sexta-feira passada, dia 22 de junho, Fouad Salim acabava de deixar o trabalho no posto policial de Razaliyah quando foi abordado por extremistas islâmicos e morto.
“Foi por causa da sua religião,” disse um católico sírio, que pediu para manter o anonimato. “Eles exigiram que ele se reconvertesse do cristianismo ao islã, caso contrário, morreria”, disse.
Salim, 32 anos, deixa a mulher e dois filhos, um menino de cinco anos e uma filha de dois anos.
A família se mudará da vila de Qaraqosh, onde morava, a 30 quilômetros de Mosul.
Segundo a ONU, a violência leva 50 mil iraquianos a se mudarem de região a cada mês.
No alvo da perseguição
Os recentes seqüestros e assassinatos de cristãos ao redor de Mosul, assim como o preço para se manter vivo, estão causando um êxodo de pessoas. A maior dificuldade está nas memórias de dor que cada emigrante carrega consigo.
“Eu não vou permanecer no Iraque porque o Iraque virou uma terra de morte”, disse a esposa de Salim, ainda em choque, assim que chegou a Qaraqosh.
A família de Salim acredita que ele tenha sido morto por militantes xiitas em conjunto com a polícia. Antes de sua morte, ele confidenciou à família que havia recebido uma ameaça de morte caso não se reconvertesse.
Na ocasião ele contou à esposa que suspeitava de seus próprios colegas radicais.
A história de Salim é apenas uma entre tantas outras, cujo número cresce a cada dia entre a comunidade cristã iraquiana.
Recentemente, nos arredores de Bagdá, 50 famílias cristãs tiveram de deixar suas casas com a roupa do corpo para fugirem de um ataque à bomba.
Fonte: Portas Abertas