Rathan e Kalviya vivem no Sri Lanka (Foto: Portas Abertas)
Rathan e Kalviya vivem no Sri Lanka (Foto: Portas Abertas)

Quando parceiros da Portas Abertas entraram na casa de Rathan e Kalviya viram os irmãos com um sorriso aberto. As sobrancelhas franzidas e olhos tristes se tornaram uma lembrança distante.

Rathan e Kalviya perderam o irmão mais velho, a cunhada e o irmão caçula no ataque de Páscoa de 2019 no Sri Lanka. Na primeira visita que parceiros locais fizeram à família, a conversa foi curta. Kalviya ficou reclusa no quarto, tomada pela dor do luto e saiu apenas por um instante, indisposta a conversar.

Dessa vez, ela cumprimentou a todos com carinho e disse o quanto estava grata pela presença dos parceiros. Ela também compartilhou que apesar da dor, conseguiu concluir os estudos na universidade.

O casamento de Rathan

A família tem outra novidade. Rathan apresenta a jovem com um sorriso no rosto: “Minha esposa! Hoje completamos um ano de casados”. Ele mostra com alegria o álbum de fotos do casamento. Em cada foto é possível reconhecer outras vítimas do bombardeio sorrindo, recomeçando a vida. Um pouco de alento após tanta dor.

Cada página é um testemunho da bondade e da fidelidade de Deus na vida dessas famílias por meio do apoio dos nossos parceiros. No Sri Lanka, as famílias costumam interromper todas as celebrações quando um parente falece. Ver a alegria no casamento de Rathan mostra que Deus tem curado corações e respondido nossas orações, ajudando-os a seguir adiante apesar do luto.

“O casamento foi um grande testemunho para nossa comunidade. Quando perdemos nossos familiares, os vizinhos disseram que aquilo era uma punição dos deuses por termos nos tornado cristãos. A cerimônia foi o primeiro casamento cristão que eles viram, com louvores e hinos. Foi uma grande oportunidade para que eles conhecessem o amor de Jesus e ver que Deus tem nos abençoado”, disse Kalviya.

Sobrevivendo à crise

Apesar da alegria, Rathan comenta que 2022 não foi um ano fácil. “Nos seis primeiros meses casado, fiquei sem salário. Por causa da crise econômica e os cortes de eletricidade, não tivemos lucro. Além disso, a matéria-prima ficou muito cara e não conseguimos repassar esse aumento para o mercado rapidamente”, ele conta.

Depois da morte do irmão mais velho, Rathan tomou a responsabilidade de cuidar da padaria da família. Como essa era a principal fonte de renda da família, quando o negócio não gera lucros é difícil para todos em casa. Ainda assim, a graça de Deus tem sustentado o cristão com paz e alegria mesmo nos dias difíceis.

Fonte: Portas Abertas

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