O culto do domingo na congregação luterana unida de Oberá foi celebrado na rua, uma vez que o templo permaneceu fechado por causa do conflito entre fiéis e diretoria da comunidade. A diretoria quer a substituição do pastor Clovis Kurtz, que conta, porém, com o apoio da congregação. O conflito arrasta-se desde 2004.

Num fato sem precedentes, 13 integrantes da diretoria local da Igreja Luterana Olaus Petri da nordestina cidade na província de Missões foram excomungados. Agora, será convocada assembléia para dirimir o conflito e harmonizar a comunidade religiosa.

A gota d’água que levou a esse procedimento radical foi o fechamento do templo para supostos reparos. Pastores tiveram que celebrar, então, o culto ao ar livre. Nem a ameaça de chuva, primeiro, nem o sol forte, depois, impediram que mais 100 fiéis participassem do culto dominical, repudiando o templo fechado, que consideraram um ato arbitrário da diretoria.

O conflito tem sua raiz no desejo da diretoria de substituir o pastor Kurtz. Sem chegar a um acordo amistoso, o presidente da Igreja Evangélica Luterana Unida, Alan Eldrid, que celebrara culto em Oberá no dia anterior, confirmou que a diretoria da igreja Olaus Petri foi exonerada.

“Um dos núcleos fundamentais de toda congregação cristã é que se celebre a palavra e é responsabilidade da diretoria que isso se cumpra. Assim, é muito grave o que ocorreu aqui”, declarou Eldrid ao jornal Território.

Ele explicou que o processo de normalização decorrerá por dois canais, o judicial e o institucional. O presidente da IELU autorizou a realização de recenseamento e a convocação de nova assembléia.

Fonte: ALC

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