A pastora e deputada federal Flordelis (PSD-RJ) enviou uma mensagem de WhatsApp para a bancada feminina da Câmara na madrugada desta sexta-feira (28) pedindo ajuda.
Flordelis é acusada de ser a mandante do assassinato do seu marido, o pastor Anderson do Carmo.
No texto, afirma que não tem relação com a morte do marido, Anderson do Carmo, e que as mensagens encontradas pela polícia em seu celular teriam sido escritas pelas filhas.
“Minha filha confessou em juízo que pegou meu celular e escreveu e enviou as mensagens se fazendo passar por mim para conseguir o que ela queria. Vou enviar no domingo o depoimento dela. Minha outra filha também me pediu perdão porque fez a mesma coisa”, escreveu.
De acordo com Flordelis, o marido estaria fazendo “coisas que serão reveladas e provadas nos próximos dias” e que ela não sabia. Segunda a deputada, a afirmação de que teria mandado matar o marido por poder e dinheiro não é verdadeira, que irá enviar o extrato bancário para as colegas:
“Que poder? Que dinheiro? Vou enviar meu extrato bancário pra vocês. Estou vivendo com quase a metade do meu salário porque tive que pegar empréstimo minha casa é financiada está no nome de terceiros porque a onze anos atrás não tínhamos como financiar uma casa. Ainda pago esse financiamento”.
Flordelis pede ajuda para para não perder o mandato e diz que irá provar sua inocência:
“Querem caçar meu mandato venho aqui pedir a vocês pelo amor de Deus não deixem que façam isso comigo eu juro que vou conseguir provar a minha inocência e que vocês não se arrependerão de me ajudarem”.
Até o começo da tarde desta sexta-feira (28), nenhuma parlamentar havia respondido.
Flordelis foi denunciada como mandante do assassinato de Anderson, morto com mais de 30 tiros em junho de 2019. Segundo a investigação, a deputada teria tentado envenenar o marido pelo menos quatro vezes antes do assassinato a tiros. Ela não pode ser presa em razão da imunidade parlamentar. Flordelis foi indiciada pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, falsidade ideológica, uso de documento falso e organização criminosa majorada.
Leia a íntegra da mensagem:
Boa noite a todas
Estou aqui para pedir ajuda
Estou sendo denunciada por coisas que não fiz
Não matei meu marido e não mandei matar
Fui indiciada por mensagens que não escrevi
Minha filha confessou em juízo que pegou meu celular e escreveu e enviou as mensagens se fazendo passar por mim para conseguir o que ela queria
Vou enviar no domingo o depoimento dela
Minha outra filha também me pediu perdão porque fez a mesma coisa
Eu não sabia que meu marido estava fazendo coisas que serão reveladas e provadas nos próximos dias não sabia mesmo 😭😭😭😭😭😭😭
Querem caçar meu mandato venho aqui pedir a vocês pelo amor de Deus não deixem que façam isso comigo eu juro que vou conseguir provar a minha inocência e que vocês não se arrependerão de me ajudarem
Estão dizendo que mandei matar por poder e dinheiro
Que poder?
Que dinheiro?
Vou enviar meu extrato bancário pra vocês
Estou vivendo com quase a metade do meu salário porque tive que pegar empréstimo minha casa é financiada está no nome de terceiros porque a onze anos atrás não tínhamos como financiar uma casa
Ainda pago esse financiamento
Meu marido morreu e sua conta estava no vermelho
Também fui vencedora e tem políticos se aproveitando da situação para tentarem me destruir
Ganhei a reforma da minha casa porque estava cheia de vazamentos e hoje dependo de cestas básicas para comer com meus filhos porque pago financiamento da minha casa luz água gás remédios
Eu não fui julgada nem condenada fui indiciada denunciada pela promotoria tenho direito de lutar para provar minha inocência mas se caçarem meu mandato estão me tirando o direito de lutar porque vou para prisão
Não gosto de criticar veículos de imprensa, mas o veículo em questão tem narrativa e sensacionalismo e mentiras
Me deixem solta para lutar e isso só será possível com a não caçassão do meu mandato
Eu vou conseguir fazer justiça a verdadeira justiça pela morte do meu marido porque nada justifica terem matado ele
Me ajudem
Fonte: Gaucha ZH