Cristãos cujos ancestrais praticam o cristianismo há gerações; e ex-muçulmanos que abandonaram o Islã e agora seguem a Cristo, sofrem severa perseguição por causa de Jesus, e elas vêm de diversas fontes.

A perseguição praticada por lideranças políticas contra os cristãos é bíblica e pode ser encontrada ao longo do livro de Atos. No mundo muçulmano o governo é outra poderosa fonte de perseguição contra aqueles que não seguem ou que deixaram de seguir o islamismo.

Podemos classificar os países de maioria muçulmana em dois grupos: os que têm a Sharia como base de sua constituição e podem ser denominados de Estados islâmicos (como é o caso do Irã e da Arábia Saudita); e aqueles nos quais a Sharia é adotada de maneira parcial ou válida em apenas algumas cidades ou alguns Estados (como no Egito, na Nigéria e em Bangladesh). Sharia é um conjunto de leis extraídas do cânon islâmico, que dizem respeito a diversas áreas da vida.

Os países do mundo muçulmano dizem respeitar a liberdade das minorias religiosas, mas é contraditório que tais países ajam assim quando, na verdade, essas minorias podem ser punidas se, por alguma razão, fugirem do padrão de leis religiosas estabelecido pelo país ou seus Estados. O estudioso islâmico dr. Hammudah Abdalati comprova isso ao dizer: “Dentro do sistema político do Islã, cada cidadão tem o direito de se beneficiar da liberdade de crença e de consciência, assim como da liberdade de pensamento e de expressão. Mas se ele ultrapassar os limites da lei Sharia ou se contrariar os interesses da coletividade constituirá um caso de transgressão da lei, e, portanto terá de ser controlado”.

Em 2012 o presidente do Sudão, Omar Al Bashir, obrigou os sulsudaneses que habitavam o país a adquirir novos documentos de identidade ou seriam deportados para o Sudão do Sul, em uma tentativa de fazer uma limpeza étnico-religiosa no país. Elizabeth, um contato da Portas Abertas no país, escreveu: “A mensagem que querem passar é esta: se submetam à Sharia ou deixem o país. As igrejas podem imediatamente se tornar alvo de ataques agressivos caso os cristãos não cumpram a recomendação do governo. Em todo o Sudão, as igrejas estão perdendo membros, que estão fugindo para o sul, incluindo aqueles nascidos e criados no norte. Isso pode eventualmente tornar-se um pretexto para o governo fechar tais igrejas”.  

Em alguns contextos islâmicos, se submeter à Sharia não significa que o indivíduo tenha apenas de cumprir seus deveres de cidadão comum. Também se requer que ele abrace a fé islâmica e suas práticas.

[b]Fonte: Portas Abertas Brasil [/b]

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