Convocados para depor no processo que apura denúncia de que teriam praticado crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, o apóstolo Estevam Hernandes Filho e a bispa Sônia Haddad Fernandes – fundadores da Igreja Renascer em Cristo – afirmaram que possuem dezenas de negócios privados abertos no mesmo endereço da Igreja e com o mesmo CPF porque são “empreendedores”.

Em tramitação na 1ª Vara Criminal de São Paulo, o processo tenta averiguar onde terminam os limites entre os cofres da Igreja e o patrimônio pessoal de seus fundadores. Até agora, resultou no bloqueio de bens e quebra do sigilo bancário do casal Hernandes e outros quatro sócios em dez empresas que, de acordo com os promotores, foram usadas para lavar dinheiro arrecadado pelos fiéis.

A reportagem teve acesso ao conteúdo dos depoimentos prestados em 15 de setembro. Neles, o apóstolo e a bispa forneceram uma informação que rendeu nova linha de investigação para o Ministério Público. Desta vez, por suspeita de apropriação indébita.

Trata-se da afirmação, feita por Hernandes, de que a maior torre de retransmissão do País, erguida na Avenida Paulista, “nada tem a ver com a Renascer”. A torre citada pelo bispo ficou pronta no ano passado com a ajuda de doações de fiéis que compraram carnês da campanha “Desafio da Torre”, lançada simultaneamente em 1.500 templos.

No site da Renascer, o igospel.com.br, a torre aparece como grande feito de uma Igreja que conseguiu se expandir apostando na evangelização eletrônica e hoje tem uma rede de TV e rádio que chega a 74% do território nacional. (das agências)

Fonte: Jornal O POVO

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