Em sigilo, o departamento de Tecnologia da Globo está à procura de um outro funcionário que estaria espionando para uma emissora de TV concorrente. Um grupo de fiéis da Igreja Universal, cuja chefia responde diretamente ao bispo Honorilton Gonçalves, é responsável pelo monitoramento de muitas ações dentro das dependências da Record.

O espião teria transmitido ao concorrente informações sigilosas sobre projetos da Globo para a área de entretenimento, lançamento de novos produtos no país e no mercado internacional. Graças a algumas dessas informações, a emissora espiã teria antecipado o lançamento de um de seus novos braços comerciais, além de ter alterado o nome de alguns departamentos, como o de seu arquivo.

Pelo menos uma das comunicações teria sido feita em um micro da Globo, mas o e-mail utilizado foi particular (não o corporativo).

A notícia surge uma semana depois de a Globo demitir um funcionário acusado de repassar informações confidenciais sobre cenografia e figurino do Projac a um “suposto colega” da Record em São Paulo.

A Record nega qualquer relação com espionagem ou concorrência desleal, e diz que a atitude da Globo se deve à preocupação com o crescimento alheio.

Legislação permite que empresas vigiem funcionários

Um grupo de fiéis da Igreja Universal, cuja chefia responde diretamente ao bispo Honorilton Gonçalves, é responsável pelo monitoramento de muitas ações dentro das dependências da Record.

O grupo é formado por freqüentadores da igreja, e todos são considerados cargos de confiança. O trabalho fiscalizador é chamado, entre o grupo, de “missão contra o mal”.

Ele fica instalado em uma na sede da Barra Funda. Esse grupo faz a vigilância de mensagens enviadas e recebidas, monitora origem e destino de ligações telefônicas e ainda acompanha em vídeo o dia a dia dos funcionários.

Cabe lembrar que o monitoramento corporativo não é ilegal. Esse tipo de ação de proteção tem respaldo legal, Se um funcionário utiliza um e-mail, um equipamento (seja micro ou telefone) de uma empresa, ele está sujeito às regras da casa.

Fonte: UOL

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