Alguns governadores estão dispostos a bater de frente com o presidente Jair Bolsonaro e impedir o funcionamento das igrejas, mesmo que seja preciso recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir que as pessoas fiquem em casa e não aumentem a transmissão do novo coronavírus.
Gestores estaduais, como Paulo Câmara, de Pernambuco, criticaram a inclusão de atividades religiosas entre os serviços essenciais em meio a pandemia do novo coronavírus, de acordo com informações de Igor Maciel, do Jornal do Commércio (PE).
Com a alteração do decreto, Bolsonaro considerou que os líderes religiosos estão no mesmo nível de essencialidade que médicos e enfermeiros, entre outros.
O decreto está sendo visto como um aceno populista do presidente, para agradar os donos de igreja e pressionar os governadores, segundo Igor Maciel.
O decreto abrange todas as religiões, mas só os pastores evangélicos vinham insistindo em manter tudo funcionando normalmente.
O decreto de hoje, nº 10.292, atualiza o Decreto 10.282, publicado no dia 20 de março pelo presidente para estabelecer regras “sobre o funcionamento de serviços públicos e atividades essenciais”.
De acordo com o decreto presidencial, são serviços públicos e atividades essenciais aqueles indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, assim considerados aqueles que, se não atendidos, colocam em perigo a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população.
Fonte: Igor Maciel, do Jornal do Commércio (PE)