O governo britânico busca reformar os estatutos de escolas religiosas do país, para admitir que pelo menos 25% de seus alunos sejam de outra religião.
A medida tem como objetivo promover uma maior integração dentro da população.
Andrew Adonis, lorde trabalhista responsável pela área de Educação, informou na Câmara dos Lordes que o governo tentará a criação de uma emenda sobre a Lei de Educação e Inspeções Escolares.
Entretanto, Adonis afirmou que a proposta não incluirá uma cláusula para a admissão obrigatória de um determinado número de alunos de outros credos. “Não vamos impor cotas”, destacou.
Para o bloco conservador, “é incorreto” dividir e segregar a menores de idade de entre cinco e onze anos “por sua religião ou etnia”.
“E quando isso aconteceu, como ocorreu na Irlanda do Norte, o que se deu foram mais divisões e violência”, disse um porta-voz dos “tories”.
Sob os planos do governo, as prefeituras locais teriam maior autoridade para pedir às escolas de sua jurisdição para incorporar pelo menos 25% de alunos que não pertençam à religião da instituição em questão.
A Igreja da Inglaterra indicou estar de acordo com a proposta oficial, apesar de as escolas católicas, muçulmanas e judaicas se oporem a uma possível imposição de cotas de alunos.
Nesta terça-feira, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, declarou em sua coletiva de imprensa mensal em Londres, que as escolas religiosas “são uma questão muito difícil”, que entretanto, “deve ser debatida extensamente”.
A Câmara dos Lordes começou a discutir os planos do governo no começo deste mês.
Fonte: ANSA