Uma controvérsia entre devotos de um templo hindu com o proprietário do imóvel foi a gota d’água para que o governo fizesse uma nova proposta para que todos os lugares de culto sejam registrados.
No caso citado, o proprietário queria evacuar o imóvel por alegar que o templo foi construído ilegalmente, sem aprovação das autoridades.
O caso aconteceu em um momento em que a tensão religiosa no país já era alta devido à oposição à Convenção Internacional de Eliminação de Discriminação Racial e à distribuição de Bíblias e literatura cristã em público.
Um dos parceiros locais da Missão Portas Abertas comentou a proposta e qual impacto teria sobre a igreja.
“A proposta diz ‘casas de culto’, portanto poderia se referir à igreja construída em um terreno. Mas nos últimos 20 anos, não há terrenos alocados para a construção de igrejas cristãs”, afirma.
A maioria dos templos hindus, por sua vez, não foi construída em terreno próprio e são construções de 40, 60 anos atrás.
Atualmente, igrejas são localizadas em lojas ou terrenos de fábricas, que são terrenos privados, comprados ou alugados pela própria igreja. O problema com isso é que o terreno é oficializado para fins comerciais e não religiosos.
O que acontece, normalmente, é que as autoridades não intervêm se alguém não fizer uma reclamação, pelo som muito alto ou por estacionar os carros em área imprópria, por exemplo.
No momento, os pastores estão cientes disso e procuram não causar transtornos aos vizinhos e pedem oração pela Igreja Perseguida da Malásia.
A Malásia ocupa a 23ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2018.
Fonte: Missão Portas Abertas