Diante de mais de 1.200 fiéis, o arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, recebeu nesta quinta-feira (16) prêmio da instituição norte-americana Human Life International (HLI), por ter sido contra o aborto realizado na menina de 9 anos estuprada pelo padrasto em Alagoinha, Agreste.

A entrega aconteceu no auditório do Colégio Damas, Zona Norte do Recife. O arcebispo declarou que a polêmica na qual se envolveu “está produzindo bons frutos, pois despertou a consciência dos católicos sobre a necessidade de colocar a lei de Deus acima de qualquer lei humana.”

Dom José Cardoso referia-se ao aborto coberto pela lei a que a garota foi submetida no Centro de Saúde Amaury de Medeiros, no Recife, em 4 de março. De acordo com a legislação brasileira, a retirada dos fetos é permitida quando há estupro ou risco de morte para a mãe. Segundo o corpo médico que atendeu a criança, ela se encaixava nos dois casos. Para a Igreja, tal norma feriu o direito à vida dos bebês. Na época, o arcebispo anunciou a excomunhão dos envolvidos.

Com a repercussão internacional, a HLI, entidade católica, reconheceu dom José Cardoso por tentar fazer valer os preceitos da religião. “Ele ousou enfrentar a mídia do mundo todo, não teve medo da impopularidade”, destacou o diretor da HLI para países de língua portuguesa, Raymond de Souza. Ressaltou que o papa João Paulo II alertava que a “cultura da morte” é semeada na contracepção, no aborto e na eutanásia.

Fonte: JC online

Comentários