Cerca de 200 pessoas participaram de um culto ecumênico na frente da escola municipal Tasso da Silveira.

Cerca de 200 pessoas participaram na manhã deste domingo de um culto ecumênico na frente da escola municipal Tasso da Silveira, palco de um massacre na quinta-feira, em Realengo (zona oeste do Rio).

O culto, que contou com pastores e um padre, foi organizado pela igreja presbiteriana próxima à escola, que desde quinta-feira vem prestando assistência aos sobreviventes do massacre e a familiares das vítimas.

Está previsto um novo culto ecumênico no mesmo local para esta noite. Às 15h, em Copacabana (zona sul do Rio), acontecerá uma passeata em homenagem às vítimas.

A tragédia ocorreu na quinta-feira, após Wellington Menezes de Oliveira, 23, entrar na escola onde cursou o ensino fundamental e atirar contra os alunos. Ao todo, 12 estudantes morreram e outro 12 ficaram feridos.

[b]ARMA[/b]

A polícia prendeu dois homens acusados de vender um revolver calibre 32 a Wellington Menezes de Oliveira, 23, atirador do massacre em uma escola do Rio. Ontem, eles foram transferidos ao presídio Ary Franco, em Água Santa, na zona norte do Rio.

A prisão do chaveiro Charleston Souza de Lucena, 38, e do segurança desempregado Izaías de Souza, 48, aconteceu na última sexta-feira (8). Em depoimento, eles confessaram terem intermediado a venda da arma para Wellington.

Lucena, que tem um quiosque nas proximidades da casa de Wellington, em Sepetiba (zona oeste), disse que o atirador lhe perguntou se conhecia alguém que pudesse lhe fornecer uma arma para se proteger, já que morava sozinho.

No ataque à escola, Wellington matou 12 estudantes e feriu outros 12. Dez permanecem internados, sendo alguns em estado grave. A polícia ainda não sabe como o atirador obteve o outro revólver, de calibre 38, também usado no crime.

[b]TIROS[/b]

A tragédia ocorreu por volta das 8h30 de quinta-feira, após Wellington Menezes de Oliveira, 23, entrar na escola onde cursou o ensino fundamental e dizer que buscaria seu histórico escolar. Depois, disse que daria uma palestra e, já em uma sala de aula, começou a atirar nos alunos.

Relatos de sobreviventes afirmam que ele mirava na direção nas meninas. Uma das alunas contou aos policiais que, ao ouvir apelos para não atirar, Oliveira mirava na direção delas, tendo como alvo a cabeça.

Os policiais informaram ainda que, pelas análises preliminares, há indicações de que Oliveira treinou para executar o crime.

Durante o tiroteio, um garoto, ferido, conseguiu escapar e avisar a Polícia Militar. O policial Márcio Alexandre Alves relatou que Oliveira chegou a apontar a arma para ele quando estava na escada que dá acesso ao terceiro andar do prédio, onde alunos estavam escondidos. O policial disse ter atirado no criminoso e pedido que ele largasse a arma. Em seguida, Oliveira se matou com um tiro na cabeça.

A motivação do crime será investigada. De acordo com a polícia, o atirador usou dois revólveres e tinha muita munição. Além de colete a prova de balas, usava cinturão com armamento. Em carta (leia íntegra aqui), o criminoso fala em “perdão de Deus” e diz que quer ser enterrado ao lado de sua mãe.

A escola atende estudantes com idades entre 9 a 14 anos –da 4ª a 9ª série, segundo a Secretaria Municipal da Educação. São 999 alunos, sendo 400 no período da manhã.

[b]Fonte: Folha Online[/b]

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