Um grupo americano de defesa dos direitos dos muçulmanos protestou na quinta-feira contra um episódio da popular série “24 horas”, afirmando que a história promove estereótipos preconceituosos que prejudicam o Islã.

O episódio questionado pelo Conselho de Relações Islâmico-americano (CAIR, sigla em inglês), exibido no domingo passado, nos Estados Unidos, conta como terroristas islâmicos explodem uma bomba nuclear perto de Los Angeles.

“O impacto emocional de cenas de ficção, que incluem mortes em grande escala e destruições com uma grande amplitude nos Estados Unidos, podem ter efeitos negativos sobre a atitude frente às liberdades civis e religiosas, assim como as relações entre as religiões”, afirmou o Conselho em um comunicado.

“A relação estabelecida repetidas vezes pelo programa de atos de terrorismo com o Islã acabará apenas no agravamento dos preconceitos antimuçulmanos em nossa sociedade”, prossegue.

O canal Fox, que transmite a série, recordou, em um comunicado, que, ao longo de seus cinco anos de existência, americanos, alemães, pessoas oriundas dos países bálticos, fundamentalistas muçulmanos e, inclusive, o presidente dos Estados Unidos (fictício) já foram adversários do agente Jack Bauer, interpretado por Kiefer Sutherland.

“Os produtores estão comprometidos com o fato de que, durante o desenvolvimento da série, nenhum grupo étnico seja designado como responsável (pelos crimes) ou alvo de perseguição”, acrescentou o canal, destacando que “os problemas políticos são sempre debatidos a partir de vários pontos de vista”.

Fonte: AFP

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