Manifestantes de movimentos religiosos protestaram durante a abertura da exposição Queermuseu neste sábado (18) no Parque Lage, no Rio de Janeiro.
O grupo acusou a mostra de fazer apologia à zoofilia, à pedofilia e ainda desrespeitar símbolos cristãos. As informações foram dadas pelo jornal Folha de S.Paulo.
O protesto contou com a participação de representantes do Movimento Brasil Livre (MBL) e dos movimentos Liga Cristã Mundial e Templários da Pátria.
O grupo de cerca de 30 pessoas exaltou os nomes do candidato à Presidência República Jair Bolsonaro e do senador Magno Malta (PR), que têm posição contrária à exposição.
Na noite desta sexta-feira (17), a Justiça proibiu a entrada de menores de 14 anos na mostra. O juiz Pedro Henrique Alves, da 1º vara da Infância, da Juventude e do Idoso, considerou que a Queermuseu apresenta “nudez e conteúdo sexual” e que a proibição tem o objetivo de “resguardar o melhor interesse de crianças e adolescentes”.
Pela decisão, adolescentes com idades de 14 e 15 anos poderão visitar apenas se estiverem acompanhados dos pais ou responsáveis legais. Os jovens com mais de 16 anos terão acesso livre. O magistrado ainda determinou uma multa de R$ 50 mil por dia caso a norma seja descumprida.
Queermuseu ficou conhecida após um boicote ao Santander Cultural, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Ela continha obras que mostravam cenas de heresia, zoofilia e pedofilia. Após os protestos alegando que se tratava de “conteúdo obsceno e blasfemo”, a instituição cancelou a exibição.
Logo após, instituições do Rio de Janeiro mostraram interesse em expor a obra e foram alvos de críticas. O prefeito da cidade, Marcelo Crivella, chegou a proibir que a exposição fosse montada nos museus públicos.
Fonte: Pleno News