A hierarquia católica venezuelana denunciou ontem ser vítima de uma “campanha sistemática de perseguição e difamação” por parte dos meios de comunicação controlados pelo Governo do presidente do país, Hugo Chávez.

Monsenhor Ovidio Pérez Morales, ex-presidente do Concílio Plenário da Venezuela, acrescentou que a Igreja é supostamente perseguida por sua rejeição à reforma constitucional impulsionada por Chávez, que o Episcopado qualificou como “moralmente inaceitável”.

“Há uma campanha sistemática de perseguição, de difamação de desprestígio contra a Igreja por parte dos meios de imprensa”, disse Pérez Morales em declarações à rede privada de notícias “Globovisión”.

A suposta campanha de difamação inclui acusações de setores governistas que a Igreja participaria de planos desestabilizadores e golpistas contra o Governo de Chávez, o que Pérez Morales qualificou como mentira.

O bispo explicou que é “impossível” que a Igreja Católica permaneça calada “diante das pretensões (governamentais) de declarar a Venezuela um Estado socialista, marxista, leninista” através da reforma constitucional.

Chávez qualificou de, “ignorantes”, “perversos” e “mentirosos” os bispos venezuelanos que expressaram preocupação com a reforma, que ele mesmo promove como um mecanismo de acelerar a instauração do socialismo na Venezuela.

Os bispos anunciaram que acusarão Chávez e os “padres chavistas” perante o Papa Bento XVI, pelos “insultos” dirigidos contra eles por criticarem a reforma constitucional.

Fonte: EFE

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