Caixão saiu da igreja batista onde ela cantava quando criança ao som de seu maior hit, “I Will Always Love You”. Kevin Costner contou bastidores do filme que fizeram juntos; ruas foram isoladas por forte esquema de segurança.

A cerimônia fúnebre de Whitney Houston, morta aos 48 anos no sábado passado, foi fechada só para amigos e familiares, que alternaram discursos religiosos inflamados e canções de hinos gospel.

Durou três horas e meia e terminou com o caixão da cantora sendo carregado ao som de seu maior hit, “I Will Always Love You”.

O ator Kevin Costner emocionou os presentes com relatos sobre os bastidores do filme “O Guarda-Costas” (1992), que ajudou a popularizar a música, e elogios à cantora. “Fui seu guarda-costas há não tanto tempo atrás assim, e agora você se foi”, desabafou. “Há uma mulher no Céu fazendo o próprio Deus querer saber como pôde criar alguém tão perfeito.”

O músico Stevie Wonder fez uma das homenagens mais bonitas da cerimônia ao tocar ao piano “Ribbon in the Sky” e “Love’s in Need of Love Today”. E comentou: “Quero agradecer a Deus por ter vivido no mesmo tempo em que Whitney”.

Entre outros que se apresentaram, estavam Alicia Keys e R. Kelly. “Temos mais estrelas aqui que o Grammy”, brincou um dos religiosos que conduziram a cerimônia.

Aretha Franklin não compareceu ao funeral porque estava doente, segundo um assessor afirmou à CNN.

A homenagem foi exibida ao vivo na TV e na internet. Apenas no site da agência Associated Press, responsável pela transmissão oficial na web, mais de 150 mil pessoas acompanharam o evento.

Do lado de fora, um forte esquema de segurança isolou fãs que tentaram se despedir da cantora. Impedidos de se aproximar por barreiras policiais, ficaram a três quadras de distância da igreja, mas cantaram e dançaram muito.

Também elogiaram o fato de que o adeus acontecia na terra natal da cantora.

A igreja fica em área pouco valorizada de Newark, ao lado de terrenos vagos, prédios com apartamentos populares, lanchonetes simples e edifícios com rachaduras. Era nela que Whitney Houston cantava quando criança.

“Precisamos de mais gente como Whitney Houston no mundo. Ela era um diamante de Newark e o fato de a família trazê-la de volta para cá para o funeral mostra a nós todos da cidade que podemos realizar sonhos”, disse a atriz Juanita Preudhomme, 48.

A treinadora Marcell Harrison, 39, disse que, mesmo de longe, se sentia parte da cerimônia. “Ela me inspirava. Era negra como eu e nunca tentou parecer menos negra. Acho que sua luta contra as drogas não é diferente da de milhares de americanos.”

O ex-marido de Whitney, Bobby Brown, com quem a cantora teve uma relação cheia de escândalos e violência doméstica, apareceu rapidamente na cerimônia.

O enterro acontece hoje no cemitério de Fairview, em Westfield. Ainda não foram divulgadas as causas da morte.

[b]Fonte: Folha de São Paulo[/b]

Comentários