Sancionada no ano de 2010 pelo então presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, a Lei Nº 12.328 instituiu o Dia Nacional do Evangélico, a ser comemorado no dia 30 de novembro de cada ano. A lei não instituiu um feriado nem ponto facultativo no Brasil.

A data já faz parte do calendário oficial de Brasília sendo que lá no Distrito Federal é feriado local, por isso vários órgãos deixam de prestar serviço, segundo informa alguns veículos noticiosos.

A despeito de a data comemorativa ter sido instituída pela Lei Nº 12.328/2010 (de alcance em todo o território brasileiro), o feriado é comemorado apenas no Distrito Federal, em virtude das Leis Distritais nºs 893/95 e 963/95, não se aplicando, portanto, aos órgãos federais, como é o caso do TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios). Diante disso, os prazos processuais e o atendimento ao público no Judiciário local, nesse dia, se mantêm inalterados.

[b]Evangélicos: uma população em crescimento na capital do país[/b]

Homenageados no dia 30 de novembro, os evangélicos continuam a crescer no Distrito Federal, mas agora a um ritmo menos acelerado. Segundo informações da Pesquisa de Amostra de Domicílios (Pdad) da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), são 848.332 seguidores da religião na capital federal. O número é maior do que o registrado entre 2013 e 2014, quando somavam 803.400. No entanto, apesar do crescimento absoluto, o percentual diminuiu: de 28,82%, há dois anos, para 28,6% em 2016.

[img align=left width=300]http://s2.glbimg.com/TtQYRghJIPIJE5TWe3o7oCTRAeo=/620×465/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2015/06/29/igreja_evangelica.jpg[/img]Até 2014, o crescimento da religião era expressivo. Nos três anos anteriores, o percentual de evangélicos no DF havia subido de 25% para 30%. De acordo com o professor de filosofia da Universidade de Brasília (UnB) Agnaldo Cuócco Portugal, ainda não é possível determinar se a tendência de crescimento continua ou está mesmo se estabilizando.

“Nos anos 1990 e 2000, houve um grande boom das religiões protestantes, que cresceram exponencialmente. Nos últimos anos, esse crescimento ainda tem ocorrido, mas a uma velocidade menor. Agora, resta saber se a tendência de expansão se mantem ou segue uma outra direção”, afirma o professor.
Mesmo com o crescimento menor, os evangélicos só estão atrás dos católicos em número de adeptos no DF. A força dessas religiões se mostra ainda maior em comunidade mais carentes. A Estrutural, por exemplo, é a única cidade do Distrito Federal que tem mais habitantes evangélicos (47,25%) que católicos (42,80%). Proporcionalmente, é a maior população evangélica da capital.

Depois da Estrutural, vem o Varjão (41,09%), Fercal (39,4%), Santa Maria (36,42%) e Itapõa (36,30%). Já as cidades que têm menor presença evangélica no DF são Lago Sul (7,57%), Sudoeste/Octogonal (11,51%), Plano Piloto (13,94%), Jardim Botânico (15,68%) e Lago Norte (17,08%).

Para o professor Agnaldo Portugal, a resposta para o sucesso das igrejas evangélicas em regiões novas e mais pobres pode estar na maior oferta delas em relação às católicas. “Nesse novos núcleos habitacionais, é muito mais fácil implantar uma igreja neopentecostal do que uma paróquia, que tem diversos processos de abertura mais rígidos”, explica.

Ainda de acordo com Portugal, os templos protestantes ainda conseguem agregar tantos fieis justamente por conta de suas diferenças em relação ao catolicismo. “Talvez esse sucesso ocorra porque os evangélicos são mais dinâmicos. A Igreja Católica é uma instituição antiga e estável, mas tem menos capacidade de reagir a mudanças”, diz.

[b]Fonte: Metrópoles e G1[/b]

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