O mundo celebra nesta terça-feira, 1° de dezembro, o Dia Mundial de Luta contra a Aids. O diretor-executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas para HIV-Aids, Michel Sidibé, disse em mensagem que o dia é de esperança e preocupação.

De acordo com Sidibé, há 28 anos a epidemia da Aids continua a atingir novas populações, e o estigma e a discriminação reduzem os esforços para combater a doença.

Mas ele lembrou que progressos significativos foram feitos, como a redução no número de infeçcões, a diminuição das crianças que nascem com o vírus, e o tratamento em mais de 4 milhões de pessoas.

O especialista da Organização Mundial da Saúde para HIV-Aids, Marco Vitória, disse à Rádio ONU, de Genebra, que os avanços foram sentidos em muitos países, inclusive no Brasil.

“O Brasil continua sendo um país que representa uma espécie de modelo para várias nações. O Brasil iniciou um trabalho pieneiro nessa área, desevolve um programa avançado com a participação intensa da sociedade civil, e o que é mais importante, sempre trabalhou o tratamento e a prevenção de uma forma equilibrada”, afirmou.

Queda

O relatório “Atualização da Epidemia de Aids-2009”, lançado semana passada pelo Unaids e pela OMS mostra que o maior acesso a antiretrovirais ajudou a reduzir a mortalidade por Aids em mais de 10% a nível global, nos últimos cinco anos e que o número de novas infecções caiu 17% nos últimos oito anos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde quase 34 milhões de pessoas no mundo são portadoras do HIV, e cerca de 2,7 milhões de novas infecções ocorrem por ano.

Unicef mostra avanços no combate à Aids

O relatório “Crianças e Aids”, divulgado nesta segunda-feira, sugere progressos feitos para impedir a transmissão do vírus HIV de mãe para filho; situação é mais preocupante em alguns países da África.

Um estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infâcia, Unicef, afirma que esforços nacionais para combater a Aids, em particular a transmissão do vírus de mãe para filho, mostram resultados encorajadores.

O relatório “Crianças e Aids”, divulgado nesta segunda-feira, foi elaborado em conjunto com a Organização Mundial da Saúde, OMS, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV-Aids, Unaids, e o Fundo de População das Nações Unidas.

Relatório

Os dados sugerem progressos feitos para impedir a transmissão do vírus HIV das mães para os filhos, e no aumento dos testes em mulheres grávidas infectadas com HIV.

A África do Sul é o país onde houve mais avanços no continente africano nos tratamentos para impedir a transmissão do vírus de mãe para filho.

A diretora-executiva do Unicef, Ann Veneman, afirma que em termos globais 45% de mulheres grávidas infectadas recebem hoje tratamento, um aumento de 200% em relação aos índices registrados em 2005.

Acesso

Ainda de acordo com o documento, um dos casos onde é necessário agir com mais urgência é a Nigéria, onde cerca de 90% de mulheres grávidas com HIV não têm acesso a tratamentos para impedir a transmissão do vírus para os filhos.

O relatório destaca a situação das mulheres e jovens entre15 e 24 anos de idade, um dos grupos de risco mais elevado.

Na África subsaariana, esse grupo constitui quase 70% dos casos de novas infeçcões.

Fonte: Rádio das Nações Unidas

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