Desde o início, a igreja cristã foi perseguida no Iêmen. Pouco depois das primeiras igrejas fundadas por missionários vindos da Síria, há mais de 1.500 anos, aconteceu o primeiro massacre de cristãos. Alguns anos depois, por volta de 628 d.C., o Iêmen foi tomado pelos persas e, consequentemente, pela comunidade islâmica.
Durante breves períodos, a igreja teve condições de crescer e permanecer, no entanto, a perseguição persiste até hoje a ponto de o Iêmen ocupar a 3ª posição na Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2023, que reúne os cinquenta países mais perigosos para os cristãos.
Uma nação em guerra
Um dos fatores que ameaçam a segurança dos cristãos no Iêmen é a guerra civil. Desde 2015, o país enfrenta o conflito entre grupos que disputam o poder. A guerra é uma das maiores crises humanitárias da história e afetou milhares de cristãos, tanto estrangeiros, que residiam no Iêmen e precisaram sair, quanto os que permaneceram no país, enfrentando a fome e os bombardeios.
Além da guerra, a opressão islâmica continua minando a presença cristã local. A Constituição determina que é ilegal se converter do islamismo para o cristianismo e a maioria das famílias fica com tanta raiva e vergonha por descobrir que um membro da família deixou o islã que escolhe expulsar ou matar o convertido.
Perseguição extrema
Grupos extremistas islâmicos, como a Al-Qaeda e o Estado Islâmico, ameaçam de morte os cristãos de origem muçulmana se não voltarem ao islamismo. Em algumas áreas, os convertidos também correm risco de prisão, onde sofrem tortura física e mental caso não renunciem a Jesus.
Por isso, a maioria dos cristãos escolhe praticar a fé secretamente. Eles não podem se reunir, por causa do medo de que vizinhos os denunciem às autoridades locais. Mostrar símbolos cristãos pode levar diretamente a prisão, abuso físico ou mesmo execução.
O Iêmen subiu duas posições na LMP 2023 devido a um leve aumento no número de incidentes violentos relatados contra cristãos durante o período da pesquisa, entre outubro de 2021 e setembro de 2022.
Fonte: Portas Abertas