A Igreja Anglicana de São Paulo, em Fremantle, na Austrália, decidiu abrir suas portas para servir como local de encontro entre os muçulmanos durante as orações de sexta-feira, segundo informou a rede de TV australiana SBS.
[img align=left width=300]https://thumbor.guiame.com.br/unsafe/840×500/smart/media.guiame.com.br/archives/2016/11/22/2990962617-igreja-abre-para-muculmanos.jpg[/img]A união incomum entre os dois grupos religiosos começou quando o imã Faizel Chothia, uma autoridade religiosa do islamismo, decidiu bater na porta da igreja enquanto procurava um lugar onde os muçulmanos pudessem orar.
“Eu pensei que seria maravilhoso orar nesta bela igreja”, disse Chothia ao SBS. “Ela certamente tem a aura de santidade associada com a oração. É certamente um símbolo divino e o local mais apropriado”.
O líder muçulmano sabia como seu pedido seria recebido, mas foi surpreendido pela recepção calorosa dada pelo Rev. Peter Humphris, que dirige a Igreja Anglicana de São Paulo.
“O sentido da paróquia é que a gente continue procurando a plenitude da humanidade e a plenitude que é revelada no divino”, disse Humphris. “Com a oração nós vamos honrar uns aos outros e descobrir a diversidade que nós temos em vida”, disse Humphris.
Para o teólogo americano Dr. Alex McFarland, igrejas como essa cruzam a linha do respeito e da tolerância para o consentimento.
“Nós, como igreja, somos chamados a mostrar o amor, somos chamados para ajudar. Mas deixar que um edifício seja usado para as atividades de uma mesquita e também para as atividades de Jesus Cristo é incompatível. Eu acho que é mais um exemplo de correção política e hipertolerância que deu errado”, disse ele ao site Fox News.
“Se nós fossemos até os muçulmanos para pedir: ‘Nós podemos usar sua mesquita para adorar a Jesus, o Filho de Deus encarnado, aquele que disse: ‘ninguém vem ao Pai, senão por mim’? Duvido que haveria reciprocidade”, acrescentou McFarland
Segundo o teólogo, estes grupos correm o risco incentivar o movimento “crislamismo” — uma combinação das duas fés que ignora as reivindicações exclusivas do cristianismo e islamismo.
[b]Fonte: Guia-me[/b]