Joel Dugan, uma mulher biológica de 63 anos, foi consagrado como ministro. (Foto: Baptist News Global).
Joel Dugan, uma mulher biológica de 63 anos, foi consagrado como ministro. (Foto: Baptist News Global).

A Primeira Igreja Batista em Pottstown, nos Estados Unidos, consagrou uma pessoa transgênera ao ministério, no dia 1° de maio. Joel Dugan, uma mulher biológica de 63 anos, vai servir na congregação, após ter tido sua ordenação rejeitada por outra denominação que segue a visão bíblica da sexualidade.

“Eu estava com Joel na reunião final quando ele completou seu treinamento e fez sua apresentação para um painel. O grupo o rejeitou porque ele é transgênero”, afirmou a pastora da igreja, Marcia Bailey.

Com a recusa da denominação em consagrar Joel, a congregação da Primeira Igreja Batista de Pottstown se transferiu para a Associação Batista da Filadélfia, um grupo inclusivo para pessoas LGBT.

“Nossa congregação foi ofendida em nome de Joel, e magoada, e dissemos que ainda podemos licenciá-lo como batista sem sua bênção. Nossa equipe de coordenação do ministério votou unanimemente para licenciá-lo”, afirmou a pastora.

Mesmo antes de sua consagração, a igreja já permitia que Joel servisse no ministério local.

“A congregação o apoiou durante seu treinamento e algumas pessoas até o apoiaram financeiramente. E demos a ele oportunidades de exercer liderança pregando ocasionalmente, liderando estudos bíblicos e visitando pessoas em nome da igreja”, revelou Bailey.

A Igreja Batista é a primeira denominação evangélica inclusiva na cidade de Pottstown e é membra da Associação dos Batistas de Acolhimento e Afirmação, que aceitam a prática homossexual e transexual.

Agora como ministro, Joel Dugan pretende implantar um centro para o público gay na igreja de Pottstown, em parceria com o LGBT Center of Greater Reading.

“Este é um lugar onde poderei criar um espaço seguro para pessoas como eu, para tranquilizá-las de que estão bem e que não há nada de errado com elas”, argumentou Joel.

No ano passado, uma congregação batista de Indiana (EUA), filiada à CBF (Cooperative Baptist Fellowship) e também à Aliança Batista Mundial, ordenou o primeiro “pastor transgênero” confirmado na história da denominação.

Vale lembrar que, em 1999, a igreja deixou a Convenção Batista do Sul, que é conservadora e considerada a maior denominação nos Estados Unidos.

Incompatibilidade com o cristianismo

Muitos teólogos como Robert Jeffress, que é pastor de uma mega igreja batista no Texas, argumentaram que a ideologia transgênero é inerentemente incompatível com o cristianismo.

“Não é tão confuso”, disse Jeffress em um sermão de 2016. “Em Mateus 19.4, as palavras de Deus são aplicáveis. A Bíblia diz: ‘Deus os fez desde o princípio homem e mulher’, não homem, mulher e ponto de interrogação. Deus determinou quantos sexos existem, e são apenas dois, não três”, argumentou.

Para o teólogo Robert Jeffress, a confusão de identidade de gênero é um distúrbio emocional que deve ser tratado com profissionalismo e compaixão.

“A confusão de identidade de gênero não deve ser explorada por ativistas sociais”, disse ao se referir àqueles que negam a distinção dada por Deus entre os sexos. “Esta é uma rebelião contra o plano de Deus”, enfatizou.

Fonte: Guia-me com informações de Baptista News Global

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