A Igreja Católica portuguesa reconhece sua crise e promete atuar. “É fundamental requalificar o trabalho dos padres e dos leigos”, disse ontem o presidente da Conferência Episcopal, dom Jorge Ortiga.

“Não há dúvida que este é um grande desafio para as Igrejas de Portugal, ao qual temos de estar muito atentos. Depende de nós, mas também dos leigos, tornar a Igreja menos clerical”, acrescentou o cardeal patriarca, dom José Policarpo.

Em seu discurso aos bispos, na conclusão de sua visita “Ad Limina”, sábado, Bento XVI afirmara que é preciso mudar o estilo de organização da comunidade eclesial portuguesa e a mentalidade dos seus membros para se ter uma Igreja ao ritmo do Concílio Vaticano II. O Santo Padre disse também que a maré crescente de não praticantes nas dioceses deve levar a uma atenta avaliação da eficácia dos percursos de iniciação atuais.

Em seu pronunciamento ao papa, durante a audiência, dom Jorge Ortiga falou sobre a progressiva perda de influência da Igreja Católica em Portugal. “O povo português continua, em sua grande maioria, a afirmar-se católico, embora reconheçamos que os ventos do relativismo e do indiferentismo exerçam uma grande pressão, provocando atitudes e opções ambíguas e, em alguns casos, contraditórias”.

O presidente da Conferência Episcopal considera que a Igreja tem de conseguir partir ao encontro de mundos que progressivamente se afastam, “talvez não de Cristo, mas da Igreja”.

Fonte; Rádio Vaticano

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