A Igreja Católica chilena pediu perdão neste sábado às famílias “e comunidades” que “sofreram o abuso e prejuízos”, após o papa Francisco expulsar do sacerdócio dois ex-bispos chilenos acusados de abusos sexuais.
“Nossa palavra é de proximidade”, diz o comunicado divulgado pela Conferência Episcopal de Chile após a decisão do pontífice de expulsar do clero o arcebispo emérito de La Serena, Francisco José Cox, e ao bispo emérito de Iquique, Marco Antonio Órdenes.
“A eles (as vítimas), suas famílias e comunidades, pedimos perdão em nome dos bispos e da Igreja”, acrescenta o texto.
Além disso, os bispos da Conferência Episcopal expressaram que estão dispostos a seguir o caminho de “renovação eclesial” e de trabalhar para cumprir os compromissos assumidos no último dia 3 de agosto para avançar na busca por justiça.
O papa Francisco fez durante este ano uma verdadeira “limpeza” da Igreja Católica do Chile, depois que em maio o pontífice mandou chamar 34 bispos do país ao Vaticano, que tiveram que renunciar em bloco após reconhecerem que tinham cometido “graves erros e omissões”.
Até o momento, o pontífice já aceitou a renúncia de sete deles, as duas últimas no final de setembro.
Nesta linha, Francisco também privou do estado clerical Fernando Karadima, condenado em 2011 pela justiça canônica a uma vida de reclusão e penitência por violações e abusos sexuais de menores em Chile.
O caso dos abusos sexuais cometidos por Karadima é um dos mais emblemáticos no Chile pela influência do sacerdote dentro da Igreja, formador de vários bispos.
Fonte: EFE via UOL