Igreja cristã no Mali, onde a violência extremista islâmica vem crescendo. (Foto: Reprodução/Barnabas Fund)
Igreja cristã no Mali, onde a violência extremista islâmica vem crescendo. (Foto: Reprodução/Barnabas Fund)

Há pouco mais de uma semana, militantes jihadistas associados ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) capturaram o vilarejo de Tidermene no Nordeste do Mali. “Tidermene caiu nas mãos do Daesh (sigla do EI em árabe)”, disse um oficial da cidade que se refugiou em uma cidade vizinha, Menaka.

“Eles estão distribuindo cópias do Alcorão para a população e circulam armados pela cidade”, acrescentou o oficial. Os extremistas aproveitaram a instabilidade política gerada pela retirada das forças francesas em 2022 para avançarem ainda mais e dominarem outras partes do Mali.

Desde então, o Estado Islâmico no Grande Saara (ISGS, da sigla em inglês) iniciou uma grande ofensiva no Norte do Mali, entre as cidades de Menaka e Gao, avançando para o Oeste do país.

Igreja em extinção

Um parceiro local disse que as igrejas na cidade de Menaka não existem mais. “A insegurança causou a extinção das igrejas em Menaka. Os cristãos que restaram ali são, em grande parte, estrangeiros, viajantes ou soldados. Até o momento, não sabemos se algum cristão foi morto, ferido ou afetado pelo último incidente.”

A igreja mais próxima da região fica na cidade de Gao, a uma distância de 315 km. “Estamos vivendo sob grandes ameaças. O medo cresce a cada dia por causa dos rumores de lutas constantes. Sequestros, ataques e outros crimes acontecem impunemente, até nos centros urbanos”, diz o parceiro local.

É uma situação preocupante, mas agradecemos a Deus porque no último ataque não houve cristãos sequestrados nem mortos”, conclui. A crise de segurança está se intensificando rapidamente. “Por favor, ore para que Deus proteja seus filhos”, pede o pastor de uma igreja em Gao.

Fonte: Portas Abertas

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