Há mais de 30 anos, no norte da ilha de Chipre, centenas de igrejas são profanadas. Algumas foram demolidas e outras transformadas em mesquitas, postos policiais, depósitos e locais noturnos.

Vários mosaicos preciosos, antigos ícones, decorações em ouro e de prata foram arrancadas das paredes das igrejas, e vendidas clandestinamente, para colecionadores e museus do mundo.

A Igreja Greco-ortodoxa de Chipre resolveu, então, denunciar ao mundo, a destruição sistemática e os roubos dos objetos religiosos, considerados como patrimônio cultural cipriota.

Segundo uma documentação produzida por especialistas, 550 igrejas foram profanadas, 20 mil ícones antigos foram vendidos e 50 igrejas foram transformadas em postos policiais. Outras foram transformadas em hotéis de luxo, teatros, restaurantes, museus, cinemas, escolas de dança e gabinetes públicos. (MJ)

A boa nova é que, seis antigos ícones, de inestimável valor, roubados da igreja cipriota antes e depois da invasão militar turca, no verão de 1974, retornarão, neste sábado, aos cuidados do seu legítimo proprietário, o Bispo Morphou Neofytos.

Os seis ícones _ um dos quais do século XIII _ estavam para ser leiloados pela fundação norte-americana “Charles Pankow”, na famosa “Sotheby’s”, em Nova York.

Após terem sido roubados, os seis ícones foram revendidos, clandestinamente, até acabarem em Londres, nas mãos do colecionador Charles Pankow. Com a morte deste, seus herdeiros decidiram colocar em leilão alguns dos tesouros de sua coleção, entre os quais, os seis ícones da Igreja Greco-ortodoxa cipriota.

O governo norte-americano pediu à “Sotheby’s” que suspendesse o leilão das peças, confirmando a legitimidade da propriedade da Igreja Greco-ortodoxa de Chipre. Os herdeiros de Charles Pankow restituíram os ícones, sem pedir dinheiro em troca, exceto a cifra utilizada para as despesas de manutenção das mesmas.

Fonte: Rádio Vaticano

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