No primeiro episódio de sua 22ª temporada, a série de desenhos "Arthur" exibiu a cena de um casamento gay. (Imagem: PBS - Reprodução)
No primeiro episódio de sua 22ª temporada, a série de desenhos "Arthur" exibiu a cena de um casamento gay. (Imagem: PBS - Reprodução)

Uma igreja metodista no Alabama vai realizar a transmissão de um episódio do desenho infantil da PBS, “Arthur”, que foi rejeitado pela Alabama Public Television por apresentar um casamento entre pessoas do mesmo sexo.

A Primeira Igreja Metodista Unida em Birmingham, vai abrir o seu espaço ao público para divulgar o episódio no dia 15 de junho.

A edição do programa passou nas televisões norte-americanas no dia 13 de maio, mas o canal público APT trocou-a por um episódio repetido.

O diretor de conteúdos da APT, Mike Mckenzie, defendeu a decisão, com o argumento de que os pais “confiam que os seus filhos possam assistir à programação da estação sem supervisão”.

Um pastor senior da igreja, Stephanie Arnold, instou os metodistas a continuar na luta pela “inclusão plena”, e assegurou que querem “estender o amor e a graça de Deus a todas as pessoas”.

Críticas

A postura da igreja foi criticada pelo pastor Renato Vargens, da Igreja Cristã da Aliança, em Niterói (RJ).

Ele afirma que a denominação, que é defensora de uma pauta inclusiva, prova que não entendeu que o casamento, à luz das Escrituras, é monogâmico e heterossexual.

“Entendo que uma igreja cristã, firmada nas Escrituras, não deva ter esse tipo de agenda e programação. Agora, é importante salientar que a atitude dessa igreja se deve eminentemente a três fatores: à teologia liberal, que “matou” muitas igrejas nos EUA e Europa; ao relativismo de uma era líquida como a nossa; e, por fim, ao politicamente correto, que como um câncer tem paulatinamente corroído os valores judaico-cristãos da sociedade que vivemos”, disse o pastor Vargens ao site Pleno News.

Para a pastora Helena Raquel, da Assembleia de Deus de Vila Pacaembu, tal atitude da igreja é inadequada, pois pode gerar certa confusão na mente da criança.

“A criança tem uma facilidade muito grande com imagens e o desenho usa essa linguagem para esse público. Esse mecanismo só vai apresentar um único lado para a criança e deixar sua mensagem. Entretanto, eu penso que a pauta da aceitação deve ser inserida pelos pais com tempo oportuno na mente dessa criança referente à questão de aceitar aquele que é diferente”, declarou a pastora.

Fonte: Pleno News e TSF

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