O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa reafirmou desconhecer a existência de mais casos de pedofilia entre sacerdotes e reafirmou a intenção “inequívoca” da Igreja em acabar com “chaga” da pedofilia.

“Em mais de quatro anos que levo de porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), nunca nos chegou nenhuma queixa, nem nenhuma acusação”, garantiu o padre Manuel Morujão.

Respondendo às acusação da ex-provedora da Casa Pia, Catalina Pestana – feitas no jornal Público de domingo -, que assegurou ter reunido com o responsável e ter denunciado cinco casos de padres pedófilos na diocese de Lisboa, o porta voz da CEP garante que “nunca” esteve com Catalina Pestana.

“Nunca reuni com ela formal ou informalmente e nem nunca sequer cumprimentei essa senhora” disse Manuel Morujão. “Ela que diga nomes”, desafiou o responsável, lembrando que “qualquer cidadão com consciência e com provas, e não apenas com imaginações”, tem “a obrigação de colaborar para que os casos se esclareçam”.

E adverte: “Nunca com instinto de vingança, mas simplesmente porque se deve fazer justiça a quem de direito e as pessoas prejudicadas devem ser ajudadas”.

Falando à margem do conselho permanente da CEP, que decorreu em Fátima, Manuel Morujão referiu-se ainda ao caso do padre Miguel Mendes, 37 anos, detido na sexta-feira pela Polícia Judiciária, por suspeita de abusos sexuais de menores, alunos do Seminário Menor do Fundão, onde era vice-reitor.

Assegurou que a Igreja mantém a intenção “inequívoca” em colaborar com toda a sociedade, para acabar com “a chaga” da pedofilia.

“Acreditamos no bom senso e na inteligência dos portugueses que veem que é inequívoca a intenção e propósito da Igreja, em colaborar com todas as forças sociais, particularmente as famílias- que é onde acontecem mais estes casos -, e com a sociedade civil, para que não haja mais crime na vida da Igreja, família e em toda a sociedade”, afirmou o padre Manuel Morujão.

Para o responsável “é bom para a Igreja, famílias e para a sociedade em geral, que estes casos sejam clarificados, porque todos queremos que esta chaga seja estirpada”, lembrando que “qualquer crime deve ser banido”, nomeadamente “quando está em causa a liberdade de pessoas que precisam de ser ajudas e não obstruídas no seu caminho da liberdade”.

[b]Fonte: Jornal de Notícias – Portugal[/b]

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