A Igreja Católica poderá exigir judicialmente reparos caso não seja comprovada nenhuma das acusações feitas contra o padre Júlio Lancelotti, conforme garantiu o cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo.

Depois de denunciar um esquema de extorsão praticado por um ex-interno da Febem, padre Júlio foi acusado por ele de pedofilia.

– Não afasto a possibilidade de a Igreja ir à Justiça exigindo reparos. Nenhuma das acusações foi comprovada até agora. E já estamos no fim das investigações – disse dom Odilo.

Em novembro, a Polícia Civil concluiu que o padre Júlio, de 58 anos, foi vítima de extorsão e indiciou as quatro pessoas presas que o acusavam, por envolvimento no crime. Em agosto, o padre havia procurado a polícia para denunciar o caso e disse que era ameaçado de agressão e com falsas denúncias de pedofilia, caso não entregasse o valor exigido.

Os acusados são o ex-interno da Fundação Casa, antiga Febem, Anderson Batista, de 25 anos, sua mulher, Conceição Eletério, de 44 anos, e os irmãos Evandro e Everson Guimarães. Todos estão presos e foram indiciados. Quando fez a denúncia, o padre disse que entregou R$ 80 mil ao acusados. Depois a defesa do religioso admitiu que o valor poderia chegar a R$ 150 mil.

Fonte: Globo Online

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