Igreja Presbiteriana de Pinheiros (Foto: Reprodução/ Youtube / Estadão)
Igreja Presbiteriana de Pinheiros (Foto: Reprodução/ Youtube / Estadão)

A Igreja Presbiteriana de Pinheiros (SP) conseguiu mudar uma lei para construir um “megatemplo” na região de Alto de Pinheiros, bairro nobre da zona oeste da capital. Empreendimentos desse porte eram proibidos até uma mudança na Lei de Zoneamento aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pela Prefeitura de São Paulo em janeiro deste ano.

A lei só permitia construções baixas, de até dez metros de altura na região, mas a igreja vinha pedindo publicamente uma mudança na legislação desde 2023, com pedidos do pastor Arival Dias Casimiro para orassem pela medida. “Se nós conseguirmos, poderemos construir aquele projeto de 13 andares aqui. São 14 mil m² de área construída, vamos ter um auditório para 2,7 mil pessoas. Amém”, afirmou.

No dia 28 de fevereiro, nove dias depois da sanção da lei, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e três secretários estaduais participaram de um culta na sede da igreja e foram agradecidos. Todos subiram ao púlpito e receberam hinos de gratidão. O autor da emenda, o vereador Isac Félix (PL), da bancada evangélica, também participou do evento na ocasião.

“Estamos aqui em uma jornada de gratidão. Agradecendo a Deus pelas bênçãos. Agradecendo a benção também do final do ano, da transformação do zoneamento daqui, desse local. E nós estamos com muita honra, muita alegria, recebendo autoridades aqui, inclusive nosso querido prefeito Nunes”, afirmou o pastor Arival no culto.

A igreja tenta aprovar mudanças na legislação ao menos desde 2021 nos bastidores e o projeto do megatemplo deve conter colégio, capela 24 horas e praça de alimentação. A instituição comprou ao menos 12 imóveis no entorno e demoliu as construções em junho deste ano.

A estimativa é que o custo da megaconstrução seja de R$ 80 milhões. O projeto do edifício deve demorar dois anos para ser concluído e a obra, cerca de quatro anos, segundo estimativas de religiosos em cultos.

A gestão de Ricardo Nunes afirmou que a mudança na legislação “buscou compatibilizar urbanisticamente o lote ao seu entorno, que apresenta características de zonas de centralidade”. O Legislativo Municipal argumentou que o debate sobre a medida foi “amplo e transparente”.

Fonte: Diário do Centro do Mundo

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