A Igreja Universal do Reino de Deus emitiu uma nota pública onde informa que estará entrando na Justiça contra a rede de televisão portuguesa TVI depois que uma série de reportagens investigativas acusou a IURD e o bispo Edir Macedo (foto) de estarem envolvidos com o tráfico ilegal de crianças.
Para a igreja, houve “manipulação de entrevistas, mentiras, ocultação de provas, exploração de mães fragilizadas e atormentadas pela perda judicial da guarda de seus filhos embaladas em um sensacionalismo sem precedentes”.
Segundo a igreja, a reportagem não mostrou que as crianças “estavam desnutridas, doentes e moravam em uma casa sem móveis, suja, sem eletricidade e inabitável”. “Todas estas informações estão em documentos dos processos judiciais que tramitaram no Tribunal de Família e Menores de Lisboa”, disse.
“Ao fim do ataque sórdido perpetrado ao longo de semanas pela TVI, emissora de televisão de Portugal criada por grupos ligados à Igreja Católica, fica a certeza de que a intenção era atingir a honra do Bispo Edir Macedo e do corpo eclesiástico da Igreja Universal do Reino de Deus, promovendo o ódio religioso contra mais de 9 milhões de adeptos da Universal em todo o mundo”, disse em um trecho da nota.
A IURD classificou a série de reportagens como “sensacionalismo sem precedentes” e “aberração que nada tem de jornalismo” e diz que tomará todas as medidas judiciais.
“A Igreja Universal e as pessoas injuriadas, difamadas e caluniadas pelas reportagens da TVI tomarão todas as medidas judiciais – nas esferas cível e criminal – a fim de que a Justiça venha dar a devida punição por essas imputações falsas, criminosas que desabonam a honra dos citados.”
A Igreja Universal do Reino de Deus é investigada por fazer parte de um esquema ilegal de adoção de crianças. Segundo a reportagem, na década de 1990, um lar para crianças em Portugal, comandado pela IURD, funcionaria para retirar crianças de mães em situação de vulnerabilidade social e colocá-las ilegalmente para adoção. Inclusive, os netos do Bispo Edir Macedo teriam sido adotados ilegalmente, por meio do abrigo, diz a reportagem.
O Conselho Superior de Magistratura e o Ministério Público de Portugal informaram que reforçaram as investigações sobre as acusações. O MP está realizando uma auditoria na sua própria atuação nos casos citados e o conselho ordenou o recolhimento de elementos para avaliar os procedimentos que levaram às autorizações para essas adoções.
Em nota, o Conselho Superior de Magistratura disse ter determinado o “recolhimento de todos os elementos pertinentes para avaliar os procedimentos prévios às decisões judiciais e os procedimentos de interação dos tribunais com as instituições com responsabilidade no percurso de preparação das decisões”.
O conselho acrescentou que as decisões dos tribunais são tomadas “em função dos fatos e elementos constantes dos processos judiciais”, mas ponderou que “os tribunais não podem alhear-se de todo o percurso procedimental que – noutras instituições – antecede as decisões judiciais”.
Já o Ministério Público esclareceu que um dos dois procedimentos abertos “reveste-se de uma natureza própria de uma auditoria e tem por objeto exatamente a atuação funcional do Ministério Público em todas as suas vertentes, tendo em vista examinar os procedimentos então adotados e analisar todas as intervenções desenvolvidas nos respectivos processos”.
“No âmbito do inquérito nada deixará de ser investigado, o que permitirá apurar todos os factos e eventuais responsabilidades dos magistrados”, informou o órgão em nota. O MP informou que essa apuração está a cargo de um inspetor, o qual funciona junto ao seu conselho superior.
Leia a nota da IURD abaixo:
Ao fim do ataque sórdido perpetrado ao longo de semanas pela TVI, emissora de televisão de Portugal criada por grupos ligados à Igreja Católica, fica a certeza de que a intenção era atingir a honra do Bispo Edir Macedo e do corpo eclesiástico da Igreja Universal do Reino de Deus, promovendo o ódio religioso contra mais de 9 milhões de adeptos da Universal em todo o mundo.
Manipulação de entrevistas, mentiras, ocultação de provas, exploração de mães fragilizadas e atormentadas pela perda judicial da guarda de seus filhos embaladas em um sensacionalismo sem precedentes, produziram uma aberração que nada tem de jornalismo.
Por exemplo, a reportagem repete a mentira de que os pais não foram legalmente citados no processo judicial de adoção, quando consta nos autos que eles estavam, sim, informados.
As jornalistas da TVI também esconderam dos telespectadores que enquanto as crianças viveram com os pais biológicos, estavam desnutridas, doentes e moravam em uma casa sem móveis, suja, sem eletricidade e inabitável.
Também ocultaram que consta do processo judicial que os pais biológicos dos irmãos citados com destaque eram viciados em drogas e que abandonaram os filhos na casa de uma conhecida.
Em mais uma mentira, a reportagem também afirmou que os irmãos viajaram aos Estados Unidos ilegalmente, quando, na verdade, saíram de Portugal com autorização judicial que consta do processo.
Todas estas informações estão em documentos dos processos judiciais que tramitaram no Tribunal de Família e Menores de Lisboa.
A Igreja Universal e as pessoas injuriadas, difamadas e caluniadas pelas reportagens da TVI tomarão todas as medidas judiciais – nas esferas cível e criminal – a fim de que a Justiça venha dar a devida punição por essas imputações falsas, criminosas que desabonam a honra dos citados.
Fonte: Pleno News e Jornal Dia Dia