O governo da Coréia do Sul pediu para a igreja que enviou 23 voluntários para o Afeganistão o pagamento do equivalente a R$ 135 mil pelas despesas com o resgate dos membros da igreja deles seqüestrados pelo Talibã em julho deste ano.

A conta inclui tarifas aéreas, acomodação, recuperação dos corpos e outros gastos envolvidos no salvamento e na captura dos reféns, que durou seis semanas. O pedido foi feito na semana passada, segundo a agência de notícias de “Yonhap”.

“A igreja planeja reembolsar as despesas, após fazer uma revisão nas contas porque prometeu fazer assim”, disse Kwon Hyuk-soo, um membro da Igreja Presbiteriana Saemmul, em entrevista à “Yonhap”.

Outros membros da igreja não quiseram comentar o assunto.

Foram quase três meses desde o dia em que um grupo com 23 voluntários sul-coreanos foram capturados por homens armados talibãs a caminho de uma pequena viagem para oferecer atendimento médico gratuito a afegãos pobres.

Durante os primeiros 40 dias, dois reféns foram mortos e duas mulheres que estavam muito doentes foram soltas.

Este foi o maior seqüestro de estrangeiros no Afeganistão desde que o Talibã assumiu o regime, no outono de 2001. A igreja Saemmul e os voluntários foram alvo de críticas severas por ignorarem a advertência do governo contra viagens ao Afeganistão.

O episódio forçou as missões sul-coreanas a reavaliarem seus trabalhos, após críticas de excesso de agressividade e falta de preparo.

O Conselho Cristão da Coréia, a Associação Coreana de Missões Mundiais e a Comunidade Evangélica Coreana fizeram uma reunião para discutir um novo posicionamento.

A Coréia do Sul é o país que mais envia missionários em todo o mundo.

O diretor internacional da Aliança Evangélica Mundial, o reverendo Geoff Tunnicliffe, que fez parte da reunião, calcula que levará semanas, talvez meses, até que sejam encontradas as melhores diretrizes práticas para os esforços missionários.

Fonte: Portas Abertas

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