As Igrejas Católica e Evangélica alemãs pediram à chanceler alemã e presidente de turno da União Européia, Angela Merkel, que faça todo o possível para que, na futura Constituição Européia se faça uma alusão às raízes cristãs da União Européia.

O presidente da Conferência Episcopal Alemã, Cardeal Karl Lehmann, arcebispo de Mainz, e o presidente do Conselho da Igreja Evangélica da Alemanha (EKD), o bispo protestante Wolfgang Huber, enviaram, na última sexta-feira, uma carta a Angela Merkel, por ocasião da assinatura da chamada Declaração de Berlim, aprovada no último fim de semana.

Os chefes das Igrejas Católica e Evangélica alemãs disseram, em sua carta, serem gratos pelos “cinqüenta anos de paz na Europa”.

Ambos saudaram o fato de as celebrações pelos 50 anos da UE estarem se realizando precisamente em Berlim, uma cidade que “reflete, como nenhuma outra, a divisão e a reunificação de nosso continente”.

O Cardeal Lehmann e o bispo Huber apóiam Angela Merkel em seus esforços de levar avante o texto da Constituição Européia, mas recordam que o texto deve refletir a tradição judaico-cristã.

A União Européia celebrou ontem, com a aprovação de uma declaração, o cinqüentenário da assinatura do Tratado de Roma, que marcou o início da criação do bloco, comprometendo-se a chegar a um acordo sobre uma Constituição até 2009. Composta de doze parágrafos, a declaração foi assinada pela chanceler Angela Merkel, e pelos presidentes do Parlamento Europeu, Hans-Gert Pöttering, e da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso.

Fonte: Rádio Vaticano

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