Um patrimônio dos brasileiros está em risco: as igrejas de Ouro Preto (MG), jóias do barroco mineiro. Sem manutenção, essas relíquias do período colonial foram fechadas para decepção dos turistas e tristeza dos moradores.

Os cupins ameaçam um patrimônio tombado pela Unesco. “Eles vêm do solo e atingem as construções da base até o telhado”, diz o diretor do Museu de Arte Sacra de Ouro Preto, Carlos Aparecido Oliveira.

São construções com mais de 200 anos. A Igreja São Francisco de Paula é uma delas. Os cupins se espalham pelas paredes.

Por causa das pragas e de infiltrações, a Matriz de São José foi fechada há uma década. E o prédio ainda tem outro inimigo: o vandalismo. Vitrais centenários estão quebrados e portas em madeira maciça, pichadas.

A Igreja de Nossa Senhora das Mercês e Perdões está interditada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Técnicos constataram problemas na estrutura do prédio, construído no século 18. Uma fenda se abriu na parede. Ela é tão grande que é possível ver a luz do lado de fora.

“O templo inteiro pode vir abaixo. Este é um dos templos mais expressivos da nossa cidade”, afirma o coordenador do patrimônio histórico da paróquia, diácono Augustinho Barroso.

Ao todo, 30 imagens e peças sacras do século 18 estão sendo retiradas e levadas para um lugar seguro. Pedaços do teto já caíram e outros ameaçam cair. A igreja, uma das mais visitadas de Ouro Preto, está fechada à espera de reforma.

Fonte: G1

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