O Ministério Público do Paraná (MP-PR), a Igreja Católica e a chamada Bancada Evangélica da Assembleia Legislativa se manifestaram sobre a liberação da venda de chope e cerveja em estádios do estado. Contrários à aprovação do projeto de lei, votado nesta segunda-feira e aprovado em redação final na quarta (30), as organizações acreditam que a proibição do consumo de álcool nos estádios colaborou com a diminuição da violência dentro e ao redor de praças esportivas nos últimos anos.

O MP, que desde que o tema foi levantado é contrário à liberação da bebida nos estádios, se posicionou por meio de nota. De acordo com o órgão, a segurança das pessoas que frequentam os estádios vai ficar comprometida e que outras ações tramitam pelo país para que o álcool seja proibido nas praças esportivas.

O Deputado Edson Praczyk, do PRB e da bancada Evangélica da Assembleia, acredita que nem todas as pessoas estão preparadas para consumir álcool nos estádios e que a prática não é saudável para o ambiente esportivo e familiar.

“Algumas pessoas defenderam dizendo assim: sou uma pessoa que aprecia o estádio, o esporte e, quando vou bebo uma cerveja, quando muito duas; mas as pessoas não podem se valer dela para fazer uma regra geral. A maioria não tem essa consciência, alguns até bebem antes em uma espécie de esquenta – por isso que existe tanto conflito fora dos estádios – e quando ela entra, talvez um copo a mais seja a gota d’água que transborda o copo”, argumentou.

A Arquidiocese de Curitiba comunicou ser contrária a liberação de bebidas e entende que “estas podem incentivar o clima de violência que tem perpassado nossos estádios. O Arcebispo de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo, acredita que atualmente a bebida é um agravante para a violência.

“É um risco muito grande a vida dos nossos jogos. Vocês sabem que existe muita violência antes, durante e depois. Nossa gente precisa de paz e não se pode negar que a bebida predispõe a conflitividade em tempos atuais”, disse.

Um dos argumentos das organizações contrárias à liberação da bebida, é de que estudos da PM mostram que, após a proibição, casos de violência diminuíram. Em nota,  a Polícia Militar como a Polícia Civil do Paraná comunicaram não se posicionaram sobre o assunto e que apenas vão seguir ordens de acordo com a legislação que estiver vigente.

Para que a legislação entre em vigor, o texto precisa ser sancionado pelo governador Beto Richa e a expectativa é de que no próximo Atletiba, no dia 13 de setembro, a bebida esteja liberada.

Fonte: Paraná portal

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