A colaboração das igrejas cristãs brasileiras com a ditadura civil-militar de 1964/1985 será tema de seminário nacional na Universidade Estadual do Pará.
A colaboração das igrejas cristãs brasileiras com a ditadura civil-militar de 1964/1985 será o tema do seminário nacional que o Grupo de Pesquisa sobre Movimentos, Instituições e Culturas Evangélicas na Amazônia/MICEA realizará na primeira semana de junho próximo no campus da Universidade Estadual do Pará, em Belém. O evento terá a participação de pesquisadores em Sociologia das Religiões, Teologia, Ciência Política e História.
[img align=left width=300]http://www.cartamaior.com.br/arquivosCartaMaior/FOTO/137/9A035776C33224E0F6358F17FC1B55D17C88039539970319D1C6FB587A9F11A3.png[/img]De acordo com o coordenador do MICEA, sociólogo Saulo Baptista, os trabalhos apresentados no seminário serão “muito importantes para o esclarecimento da sociedade civil brasileira sobre a real responsabilidade das igrejas cristãs e de alguns de seus integrantes na sustentação ideológica do regime da ditadura”.
[b]Interação[/b]
As atividades preparatórias do seminário incluem o diálogo do MICEA com a Comissão Nacional da Verdade e com as Comissões Estaduais, Municipais e Setoriais. A própria CNV constituiu em Brasília uma assessoria especializada nas atividades das Igrejas Católica e Evangélicas durante a ditadura. Uma outra atividade complementar ao trabalho do MICEA está sendo realizada pela Faculdade Ipiranga, em Belém, que está promovendo debates com especialistas sobre os 50 anos do regime ditatorial.
[b]Alguns casos “exemplares”
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Entre os casos considerados “exemplares” de colaboração de igrejas e de religiosos com a ditadura, destacam-se a atuação da Universidade Mackenzie de São Paulo; o papel desempenhado pelos bispos d. Geraldo Sigaud e d. Antônio de Castro Mayer (já falecidos) que denunciaram colegas do episcopado aos órgãos de repressão e a participação da TFP (Sociedade de Tradição, Família e Propriedade) nas campanhas de delação de católicos classificados como “comunistas” por participarem de atividades ligadas às Comunidades Eclesiais de Base, à Teologia da Libertação ou às Pastorais Sociais ( Operária, da Terra, da Juventude, entre outras)
[b]Fonte: Carta Maior[/b]